O evangelho de hoje, dia 9 de fevereiro, em perfeita conssonância com o de domingo, fala das curas de Jesus: (Curas em Genesaré - Mc 6, 53-56). Naquele tempo, tendo atravessado o mar, Jesus e seus discípulos foram para Genesaré e atracaram. Logo que desceram do barco, as pessoas reconheceram Jesus. Percorriam toda a região e começaram a levar os doentes, deitados em suas macas, para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. E, em toda parte onde chegava, povoados, cidades ou sítios do campo, traziam os doentes para as praças e suplicavam-lhe para que pudessem ao menos tocar a barra de sua roupa. E todos os que o tocavam ficavam curados.
E, o Papa Bento XVI durante a oração do Angelus junto aos fiéis congregados na Praça de São Pedro no dia de ontem, entre outras coisas, disse: "Apesar da enfermidade formar parte da existência humana, nunca conseguimos habituar-nos a ela, não só porque às vezes chega a ser pesada e grave, mas essencialmente porque estamos feitos para a vida, para a vida completa. Justamente nosso «instinto interior» nos faz pensar em Deus como plenitude de vida, e mais, como Vida eterna e perfeita. Quando somos provados pelo mal e nossas orações parecem resultar vãs, surge em nós a dúvida e, angustiados, nos perguntamos: qual é a vontade de Deus?
É precisamente a esta pergunta que encontramos respostas no Evangelho. Por exemplo, na passagem de ontem lemos que «Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam» (Mc 1, 34); em outra passagem de São Mateus se diz que «Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo» (Mt 4, 23).
Jesus não deixa dúvidas: Deus – do qual Ele mesmo revelou seu rosto – é o Deus da vida, que nos livra de todo mal. Os sinais deste poder seu de amor são as curas que realiza: demonstra assim que o Reino de Deus está perto, restituindo os homens e mulheres a sua plena integridade de espírito e de corpo. Digo que estas curas são sinais: guiam para a mensagem de Cristo, nos guiam para Deus e nos dão a entender que na verdade a mais profunda enfermidade do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor. E só a reconciliação com Deus pode dar-nos a verdadeira cura, a verdadeira vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria verdadeira vida. O Reino de Deus é precisamente a presença de verdade e de amor, e assim é cura no profundo de nosso ser.
Graças à ação do Espírito Santo, a obra de Jesus se prolonga na missão da Igreja."
Pois é, caros amigos, a passagem de hoje do evangelho complementa as curas feitas por Jesus e, como cristãos, emprestando a todas as partes do mundo nossas mãos, nossos olhos, nossos corações a Cristo, o verdadeiro médico dos corpos e das almas, estaremos contribuindo para a evangelização na busca do Reino de Deus.