sexta-feira, 29 de abril de 2011

AINDA É PÁSCOA

Páscoa significa renascimento, renascer.

Desejo que neste dia, em que nós cristãos, comemoramos o seu renascimento para a vida eterna, possamos renascer também em nossos corações.Que neste momento tão especial de reflexão possamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças.Possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais,porque perderam a fé em um novo recomeçar,pois esqueceram que a vida é um eterno ressurgir.Não nos deixe esquecer que mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho,tú estás conosco em nossos corações,porque mesmo que já tenhamos esquecido de ti,você jamais o faz.Pois, padeceste o martírio da cruz em nome do Pai e pela humanidade,que muitas e muitas vezes esquece disso.Esquecem de ti e do teu sacrificio quando agridem seu irmão, quando ignoram aqueles que passam fome,quando ignoram os que sofrem a dor da perda e da separação,Quando usam a força do poder para dominar e maltratar o próximo,quando não lembram que uma palavra de carinho, um sorriso,um afago, um gesto podem fazer o mundo melhor. Jesus... Conceda-me a graça de ser menos egoísta, e mais solidário para com aqueles que precisam.Que jamais esqueça de ti e de que sempre estarás comigo não importa quão difícil seja meu caminhar. Obrigado Senhor, Pelo muito que tenho e pelo pouco que possa vir a ter. Por minha vida e por minha alma imortal.

Obrigado Senhor!

FELIZ PÁSCOA A TODOS!!!

terça-feira, 12 de abril de 2011

OREM SEM CESSAR

Morar na oração. Viver na oração. Acolher a oração como um rio subterrâneo, cujo murmúrio aflora sem cessar a nossa consciência. Não poderemos lá chegar pelas nossas próprias forças. A oração contínua. Mas podemos desejá-la e pedi-la. E, sobretudo, preparar-lhe o terreno. Como? Exercitando-nos na oração freqüente.
Para isso, é preciso pensar em Deus durante o nosso dia. Ou, segundo a expressão dos salmos, é preciso “lembrar-nos de Deus”. Quando amamos alguém, o nosso pensamento voa muitas vezes para essa pessoa. Lembramo-nos do nosso último encontro. Esperamos o seguinte. Recordamos nós próprios as perfeições do ser amado. Procuramos o que lhe possa dar prazer... Perguntem aos apaixonados...

Melhor ainda que pensar em Deus, é falar com Ele. Nessa altura, já não é para nós um “Ele”, mas torna-se um “Tu”, com quem entramos numa relação pessoal. O ser amado de quem falamos um pouco antes pode estar ausente. Deus está sempre presente em nós, “mais íntimo de nós, do que nós mesmos”, como diz Santo Agostinho. Basta entrar em nós mesmos com fé para O encontrar. E para nos tornar atentos à Sua presença, manter os nossos sentimentos por Ele, mas também dos Seus desígnios sobre o mundo, da Sua vontade sobre nós. E como o nosso Deus é um Deus vivo e em três Pessoas, podemos dirigir-nos alternadamente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

O Padre Caffarel cita-nos este conselho de um vigário a um jovem que queria aprender a orar: “É verdade! Queres aprender a orar? Pois bem, François, vai à capela, e lá fala com Ele”. E o rapaz comentava: O conselho do vigário só era banal em aparência. Para dizer a verdade, ele revelava-se como experiente homem de oração que, em vez de um longo discurso, se contentou em responder ao jovem desejoso de aprender a orar com estas três simples palavras: “Fala com Ele”. Ninguém conversa com uma sombra. É necessário, portanto, tomar consciência da presença de Deus para Lhe falar. E para saber o que Lhe dizer, é preciso que a fé desperte e procure. E a obrigação de formular palavras leva-nos a não nos contentar com impressões inconsistentes, obriga-nos a exprimir pensamentos, vontades, sentimentos precisos. De fato, são grandes os méritos de um tal método – se é que se pode chamar método a um conselho tão simples .

O meio concreto de falar com Deus é utilizar a própria Palavra de Deus. Encontramos na Bíblia o suficiente para formar uma reserva de invocações que nos podem servir de “bóias”, que nos mantenham, na intimidade com Deus, acima das nossas preocupações diárias. Podemos guardar frases como: “Ó Senhor nosso Deus, como é grande o Teu nome em todo o Universo” (Sl 8,2). “A minha alma tem sede de Ti, meu Deus” (Sl 42,2). “O Senhor fez por mim maravilhas, santo é Seu nome” (Lc 1,42), etc. Estas fórmulas podem também ser cantadas interiormente, ou até mesmo em voz alta se estamos sós.

Temos ainda um outro meio: são os freqüentes “mergulhos” em nós próprios para nos aproximarmos de Deus que ali habita. Um humilde frade convertido do Séc. XVII, Laurent de la Réssurrection, que tinha atingido uma alta vida espiritual, gostava de dizer áqueles que vinham consultá-lo que não há meio mais eficaz para chegar com segurança a uma vida de oração contínua e, em seguida a uma grande santidade, do que ser fiel a essa prática. Escutemos as suas palavras: “Durante o nosso trabalho e outras ações, mesmo durante as nossas leituras e escritos, mesmo espirituais, e até mesmo durante as nossas devoções exteriores e orações vocais, devemos parar por breves momentos, o mais freqüentemente possível, para adorar Deus no fundo do nosso coração e saboreá-Lo ainda que de passagem e como que furtivamente.

”Uma prática muito importante no Oriente cristão, “a oração de Jesus”, pode também ajudar-nos. É uma invocação centrada no nome de Jesus e que geralmente consiste nestas palavras: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador tem piedade de mim, pecador.” Essa fórmula pode ser abreviada em “Senhor Jesus tem piedade de mim.” Os mestres espirituais orientais incitam a repeti-la sem cessar. E até mesmo seguindo o ritmo da nossa respiração. Inspirando, devemos dizer: “Senhor Jesus” e expirando: “Tem piedade de mim.” Assim estaremos associando o nosso corpo à oração, que se tornará tão natural como a respiração. A sua eficácia espiritual vem da invocação do nome de Jesus. Para os Orientais – mais próximos do que nós da tradição bíblica – o nome não é uma simples etiqueta colocada sobre o indivíduo, mas é a própria pessoa. Jesus, em hebraico, significa “Deus salva”. Invocando o nome de Jesus, estamos chamando o próprio Jesus com todo o Seu poder de salvação: “Não existe sob o céu qualquer outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12).

Dedicando-nos à oração freqüente ao longo dos nossos dias, pode ser que cheguemos um dia, pela graça de Deus, à oração contínua. Para aqueles que chegam a essa oração interior e contínua, a oração do Espírito Santo já não é uma simples brasa sob a cinza, mas uma chama que toma conta de todo o ser. Um santo é uma oração viva.


Fonte: Portal Encontro com Cristo (Pe. Alberto Gambarini)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

RISCO DE AMAR SEM O CORAÇÃO

VEJAM QUE TEXTO SOBRE O AMOR VERDADEIRO:

As pessoas consagradas correm muitas vezes o risco de amar a Deus “só com a cabeça”, sem implicar o amor afetivo humano.

No entanto, rejeitar o amor humano como algo oposto ao amor de Deus pode ser um obstáculo à nova evangelização. Contra isso, advogou nesta sexta-feira o padre Raniero Cantalamessa, em sua primeira prédica de Quaresma ao Papa e à Cúria Romana.

Cantalamessa afirmou que um dos âmbitos nos quais a secularização “atua de modo particularmente difuso e nefasto” é o amor. “A secularização do amor consiste em separar o amor humano de Deus, em todas as formas desse amor, reduzindo-o a algo meramente ‘profano’, onde Deus sobra e até incomoda”.

Mas o tema do amor – sublinhou – “não é importante apenas para a evangelização, ou seja, para as relações com o mundo. Ele importa, antes de todo o mais, para a própria vida interna da Igreja, para a santificação dos seus membros”.

O pregador pontifício fez uma análise sobre a distinção que certos teólogos fizeram entre o ‘eros’, ou amor humano e passional, e o ‘ágape’, ou amor de oblação, apoiando suas reflexões na encíclica ‘Deus caritas est’, de Bento XVI.

O amor “sofre de uma separação nefasta não só na mentalidade do mundo secularizado, mas também, do lado oposto, entre os crentes e, em particular, entre as almas consagradas. Poderíamos formular a situação, simplificando ao máximo, assim: temos no mundo um ‘eros’ sem ‘ágape’; e entre os crentes, temos frequentemente um ‘ágape’ sem ‘eros’”.

O ‘eros’ sem ‘ágape’ – explicou – é um amor romântico, mas comumente passional, até violento. Um amor de conquista, que reduz fatalmente o outro a objeto do próprio prazer e ignora toda dimensão de sacrifício, de fidelidade e de doação de si.

”O ‘ágape’ sem ‘eros’, em contrapartida, é um “amor frio, um amar parcial, sem a participação do ser inteiro, mais por imposição da vontade do que por ímpeto íntimo do coração”, em que “os atos de amor voltados para Deus parecem aqueles de namorados desinspirados, que escrevem à amada cartas copiadas de modelos prontos”.

“Se o amor mundano é um corpo sem alma, o amor religioso praticado assim é uma alma sem corpo”, afirmou. “O ser humano não é um anjo, um espírito puro; é alma e corpo substancialmente unidos: tudo o que ele faz, amar inclusive, tem que refletir essa estrutura.”

“Se o componente humano ligado ao tempo e à corporeidade é sistematicamente negado ou reprimido, a saída será dúplice: ou seguir adiante aos arrastos, por senso de dever, por defesa da própria imagem, ou ir atrás de compensações mais ou menos lícitas, chegando até os dolorosíssimos casos que estão afligindo atualmente a Igreja.”

“No fundo de muitos desvios morais de almas consagradas, não é possível ignorá-lo: há uma concepção distorcida e retorcida do amor”, advertiu.

Por isso – acrescentou – a redenção do ‘eros’ “ajuda acima de tudo os enamorados humanos e os esposos cristãos, mostrando a beleza e a dignidade do amor que os une. Ajuda os jovens a experimentar o fascínio do outro sexo não como coisa turva, a ser vivida às costas de Deus, mas, ao contrário, como um dom do Criador para a sua alegria, desde que vivido na ordem querida por Ele”.

Mas também ajuda os consagrados, homens e mulheres, para evitar esse “amor frio, que não desce da mente para o coração. Um sol de inverno, que ilumina, mas não aquece”.

A chave – explicou – é o apaixonar-se pessoal por Cristo. “A beleza e a plenitude da vida consagrada depende da qualidade do nosso amor por Cristo. É só o que pode nos defender dos altos e baixos do coração. Jesus é o homem perfeito; nele se encontram, em grau infinitamente superior, todas aquelas qualidades e atenções que um homem procura numa mulher e uma mulher no homem”.

“O amor dele não nos elimina necessariamente a sedução das criaturas e, em particular, a atração do outro sexo (ela faz parte da nossa natureza, que Ele criou e não quer destruir). Mas nos dá a força para vencer essas atrações com uma atração mais forte. ‘Casto’, escreve São João Clímaco, ‘é quem afasta o eros com o Eros’”, disse Cantalamessa.

Fonte: ZENIT (Agência Internacional Católica de Notícia)