terça-feira, 29 de março de 2011

O DESERTO E A QUARESMA

De alguns textos na Internet, formei o texto abaixo. Aproveitemos o tempo da Quaresma:

A voz do SENHOR faz tremer o deserto. Salmo 29:8.


Quaresma, um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal. Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus. Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.


O número 40 relembra os quarenta dias em que Jesus permaneceu em jejum no deserto (Mt 24, 22), este número também relembra outros momentos do povo de Deus, como os 40 dias de dilúvio em que Noé permaneceu na Arca (Gn 7, 17), os 40 anos de peregrinação do povo de Deus pelo deserto (Dt 8, 2) e também os 40 dias e 40 noites que Moisés permaneceu no monte Sinai (Ex 24, 18).Jesus durante seus 40 dias de jejum no deserto, deixou-se tentar por satanás (Mt 4, 1-11), mostra-nos assim, que ninguém poderá vencer as provações e tribulações sem combater, e que ninguém poderá combater, sem ser provado e tentado.Por isso, a Igreja chama a quaresma de tempo favorável, tempo de conversão, tempo de reflexão, trata-se do cominho para a páscoa, que é o nosso ponto de chegada, é lá que queremos chegar, na ressurreição.


Entramos no deserto quando tiramos os olhos de Deus, os ouvidos da Palavra de Deus, e começamos a ouvir o que as pessoas estão falando, começamos a ouvir as vozes das nossas próprias deformidades interiores: não vai dar..., não vou conseguir..., eu não sou páreo para isto..., eu já sei o que vai acontecer..., eu não presto..., eu sabia que isto ia acontecer..., eu não vou conseguir..., eu vou me arrasar..., vou me arrebentar..., e você está aí falando palavras negativas, palavras de pessimismo, palavras de angustia para você mesmo, e quanto mais você pensa, mais você acredita naquilo, quanto mais você se interioriza mais deprimido você vai ficando, mais vai caminhando para dentro do deserto.


É complicado quando entramos no deserto. O deserto pode significar vários acontecimentos em nossa vida. Várias dificuldades, no qual sentimos solidão, lutas, tristezas, cansaço, abandono. O deserto é algo doloroso. Quando vivemos esta situação, tudo o que experimentamos é o vazio, solidão, desespero, angustia, medo e timidez.


O deserto é, antes de tudo, o lugar no qual se torna mais intensa a manifestação da resistência do homem ao plano e à vontade de Deus: uma resistência que nasce no coração do crente, mas também há uma resistência de fora, originada pelas forças que se opõem ao plano de salvação de Deus. A resistência interna é uma oposição a Deus que se manifesta em preferir a segurança ao risco, a imobilidade ao dinamismo, o passado ao amanhã que Deus nos prepara.”No deserto nasce a fé, no deserto começamos a lembrar de Deus, achegar ao conhecimento e à segurança da palavra de Deus no próprio coração. No deserto se começa a entender e a conhecer a Deus: em particular, chega-se a entender que Deus está próximo como um Pai. É, pois, no deserto que se chega à fé, ao conhecimento, à intimidade com Deus. O deserto é o único lugar onde as "teorias bíblicas" podem ser testadas.Somente no deserto aprendemos os segredos da vida e nos tornamos verdadeiros servos de Deus, preparados para toda tempestade.

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