segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Hoje é dia do nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Em homenagem, publico este pequeno poema que canta o amor, mola mestra que impulsiona a vida e que o Grande Mestre, Jesus, nos colocou como o maior e único mandamento para conseguirmos conquistar o Seu Reino:
“Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR”.
Digo ainda, o amor é a melhor coisa da vida porque nos leva a Deus, que é o próprio amor. Amando, veremos no irmão a imagem e semelhança do Criador; amando, faremos da vida uma constante sinfonia e do viver uma doce alegria.
Napoleão

sábado, 22 de outubro de 2011

SER CRISTÃO ...

Dom Aloísio Roque Oppermann, scj , Arcebispo de Uberaba, MG, em um artigo intitulado “Pode um cristão ser empresário?”, entre outras coisas, chamou minha atenção para sua seguinte afirmação: “Vamos tirar da cabeça a idéia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres” (Lc 12,33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se, sem preocupações de dinheiro, como Ele próprio fez. Mas Jesus não se refere a maioria da humanidade que tem família para sustentar, precisa de casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito é quase um imperativo. Querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão. Vai contra a mentalidade de Jesus enriquecer com dolo, enganar o semelhante ou não querer trabalhar e exigir tudo dos outros. "Saibam que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor" (1Cor 15,58). Respeitada a justiça e o direito, devemos trabalhar com afinco.”
No entanto, tenho visto afirmações contrárias a esta idéia moderna, coerente, importante e, porque não cristã, do arcebispo. São fundamentalistas que pregam uma religião que dói no coração, que parece querer levar os fiéis a uma vida de tristeza, agonia, sofrimento. Jesus nunca quis isto para nós. Deus quando nos criou a sua imagem e semelhança nos deu o controle do mundo para termos uma vida condigna, feliz, justa, dentro do ideal cristão que prega o amor a Ele em primeiro lugar e depois o amor a nós mesmos e ao próximo.
Portanto, a parábola que diz que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus, não tem a intenção de condenar os ricos, mas sim aquele que faz do dinheiro o seu deus, com “d” bem minúsculo, e que serve tanto para ricos como para pobres.
Deus não é contra a riqueza, contra o dinheiro, mas sim ao apego a eles. Dessa forma, meus caros, não se pode servir a Deus e às riquezas, mas feliz é aquele que serve a Deus com suas riquezas.
Napoleão

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O MASCULINO E O FEMININO NA PESSOA HUMANA

Em Coríntios, 15, São Paulo nos dá uma visão preciosa de como será nosso corpo ressuscitado. Podem verificar o texto bíblico, especificamente a partir do versículo 42. Entretanto, muitas perguntas não podem ser respondidas agora sobre nosso corpo ressurreto. É necessário buscarmos na fé a escatologia da pessoa humana. Nosso destino vida, morte e ressurreição nos dá pela fé um sentido para o que fazemos neste mundo. A Escritura nos dá informação suficiente que nos permite crer na ressurreição do corpo, dum corpo transformado, mas que há algo para se esperar e pelo que orar. Por este motivo, um artigo da revista Brasil Cristão, do padre Evaristo Debiasi chamou-me a atenção e me motivou a publicá-lo no meu blog:

"Mulher e Homem: imagens de Deus". Essa é a vocação dada por Deus Criador para toda a humanidade como forma de ser e existir do homem e da mulher, juntos e separadamente. Vocação que vai além da perpetuação da espécie humana, rica nas diferenças entre o relacionamento com a criação.
Somente na eternidade compreenderemos o sentido maior do masculino e do feminino na manifestação de Deus que, ao criar todos os seres vivos, os fez numa natureza masculina e feminina. Neste sentido, o masculino e o feminino nada mais são do que a expressão encarnada do intimo de Deus. Os místicos dizem que Deus é, ao mesmo tempo, Pai e Mãe. Ele é a origem primeira e a razão última da criação e das criaturas.
Homem e mulher são chamados a serem imagens de Deus, isto é, comunhão de relações e de existências humanas. Somente no céu chegaremos à maturidade completa do viver e do existir como homens e mulheres transfigurados em Cristo tendo na ressurreição de Cristo e na assunção de Maria os modelos de nosso futuro.
Os Evangelhos e a Igreja ensinam que Cristo ressuscitou e ascendeu ao eterno, para a casa do Pai, com sua individualidade completa: corpo-espírito, humanidade e divindade. Por sua vez Maria, como Mãe de Jesus, em virtude da redenção de seu Filho Jesus e por obra do Espírito Santo, foi assunta ao céu em sua individualidade completa: corpo-alma, alma-corpo. Esses são dogmas da Igreja católica.
O dogma da ressurreição é a essência e a grande novidade do cristianismo. Portanto, não é somente com nossa alma ou espírito que iremos para o céu, mas com nossa individualidade completa de homens e de mulheres, com nosso corpo-alma, alma-corpo transfigurados em Cristo que haveremos de ressuscitar e de existir por toda a eternidade junto do Pai, de Maria e de todos os santos e santas de Deus. Esta é nossa fé e nossa esperança cristã. “Se Cristo não ressuscitou é vã nossa fé. Mas Ele ressuscitou e com Ele todos os que Nele vivemos e Nele esperamos, com Ele viveremos para sempre na casa do Pai” (1Cor 15,14s).
A expressão evangélica de que após a morte "seremos semelhantes aos anjos" (Mc 12,25; Mt 22,30; Lc 20,36) em absoluto nega a identidade da existência do feminino e do masculino na eternidade.
O que precisamos é nos precaver contra o dualismo, alma separada do corpo, ou pior, de um modo de pensar maniqueísta que distorceu em muito a compreensão da grandeza do ser humano em sua dignidade como realidade existencial corpórea, psíquica, afetiva, sexual e espiritual inseparável, que tanto Cristo dignificou e santificou com sua encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição.
No sentido antropológico cristão, sexo não é algo que temos, mas que somos no todo de nosso ser. Somos homens e mulheres na essência de nossas vidas, na unidade corpo-espirito, desde as células, órgãos, neurônios, etc. Somos seres espirituais encarnados. Na eternidade terminará o existir na genitalidade como agora, mas jamais terminarão o sexo e a sexualidade que definem o “eu interior e pessoal” do homem e da mulher. É próprio de Deus não destruir a essência de suas criaturas, mas de elevá-las à sua imagem perfeita pela encarnação, vida e ressurreição de Cristo.
Os Evangelhos, como a doutrina da Igreja católica, nos ensinam que em nosso futuro, a eternidade com Deus, não é só para nossa alma, mas para nossa realidade humano-divina completa, de homens e mulheres transfigurados em virtude dos méritos da redenção de Cristo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O evangelho de hoje, 03/10/2011, nos narra a parábola do Bom Samaritano (Lc, 10, 25-37). Ela mexe conosco e o site Mensagem Cristã muito bem comentou sobre ela.

A parábola mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, ao seguimento puro e simples da lei, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia, do verdadeiro amor ao próximo. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
Ela nos apresenta alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém espoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar.
As parábolas de Jesus são poemas que encantam e ensinam. Lidas com emoção podem arrebatar almas dos escombros da solidão e da dor; no entanto, quando lidas com consciência, se tornam um instrumento poderoso de transformação, porque determinam com exatidão que caminho o ser humano deve seguir para conquistar a paz interior e o Reino de Deus.
Espírito Santo de Deus, que a indigência e o sofrimento de meus semelhantes levem-me a manifestar-lhes meu amor, com gestos concretos de misericórdia. Assim seja. Amém.
Napoleão