sábado, 22 de outubro de 2011

SER CRISTÃO ...

Dom Aloísio Roque Oppermann, scj , Arcebispo de Uberaba, MG, em um artigo intitulado “Pode um cristão ser empresário?”, entre outras coisas, chamou minha atenção para sua seguinte afirmação: “Vamos tirar da cabeça a idéia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres” (Lc 12,33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se, sem preocupações de dinheiro, como Ele próprio fez. Mas Jesus não se refere a maioria da humanidade que tem família para sustentar, precisa de casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito é quase um imperativo. Querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão. Vai contra a mentalidade de Jesus enriquecer com dolo, enganar o semelhante ou não querer trabalhar e exigir tudo dos outros. "Saibam que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor" (1Cor 15,58). Respeitada a justiça e o direito, devemos trabalhar com afinco.”
No entanto, tenho visto afirmações contrárias a esta idéia moderna, coerente, importante e, porque não cristã, do arcebispo. São fundamentalistas que pregam uma religião que dói no coração, que parece querer levar os fiéis a uma vida de tristeza, agonia, sofrimento. Jesus nunca quis isto para nós. Deus quando nos criou a sua imagem e semelhança nos deu o controle do mundo para termos uma vida condigna, feliz, justa, dentro do ideal cristão que prega o amor a Ele em primeiro lugar e depois o amor a nós mesmos e ao próximo.
Portanto, a parábola que diz que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus, não tem a intenção de condenar os ricos, mas sim aquele que faz do dinheiro o seu deus, com “d” bem minúsculo, e que serve tanto para ricos como para pobres.
Deus não é contra a riqueza, contra o dinheiro, mas sim ao apego a eles. Dessa forma, meus caros, não se pode servir a Deus e às riquezas, mas feliz é aquele que serve a Deus com suas riquezas.
Napoleão

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