MINHA MÃE

Aconteceu na manhã de 09 de abril de 2012. Enquanto minha mãe se entregava nas mãos de Deus, eu estava com uma das minhas netinhas, a Rafaela, no pátio da Santa Casa. Sabia que a hora estava chegando. Até que meu sobrinho Bruno carinhosamente desceu e me disse, “a Vó descansou, tio”. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas as sufoquei para não assustar minha netinha. Naquele momento eu mostrava a ela um linda borboleta, que ela dizia “bobolelê”. O sorriso dela pela borboleta colorida desviou sua atenção dos meu olhos cheios de lágrimas. A borboleta voou para longe. Assim, a alma da dona Lulu acabara de voar. Foi se encontrar com meu pai na presença de Deus, nos braços amigos de Jesus. Foi uma manhã quente de muito sol. O firmamento estava bem azul. O céu estava alegre para receber minha mãe. Ela viveu longa e serenamente, 94 anos. Nunca perdeu sua fé, seu bom humor, e, especialmente, o amor por cada um dos seus filhos, netos, bisnetos, noras, genro. Estes foram o combustível de sua vida. E foi amada com tudo com o que cada um de nós pode e quanto nossos corações puderam suportar e expressar.
Uma vez, numa mensagem que mandei para ela no dia das mães, eu disse que a palavra mãe tem as inicias da MULHER DE AMOR ETERNO. É verdade. Dona Lulu, minha mãe, mulher pequena no tamanho, grande no coração, na competência, no amor por nós. Hoje na eternidade, com certeza ao lado de meu pai, no convívio de Deus, há de olhar por nós.

Napoleão