terça-feira, 10 de dezembro de 2013

EVANGELHO DE 10/12/2013

A ovelha perdida - Mt 18, 12-14
Naquele tempo, disse Jesus: "Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura daquela que se perdeu? E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos."
COMENTÁRIO AO EVANGELHO (Pe. Jaldemir Vitório)
NINGUÉM DEVE SE PERDER
Jesus tinha consciência de ter sido enviado para todos e não apenas para um grupo de privilegiados. Esta consciência tornava-se ainda mais aguda, quando se tratava dos pecadores e das vítimas da discriminação social e religiosa, a quem destinava uma atenção especial.
 Esta visão de Jesus contrastava com a mentalidade discriminatória, tanto dos fariseus e mestres da Lei, quanto de alguns de seus discípulos. Uns e outros não receavam descartar certas pessoas, ou mesmo, não se mostravam dispostos a ir em busca de quem se havia desviado do caminho do Reino. 
A parábola da ovelha desgarrada é um alerta contra este comportamento. As pessoas não devem ser consideradas sob o aspecto quantitativo. Neste caso, noventa e nove valem mais que uma. No projeto de Jesus, cada pessoa tem um valor infinito, e não é possível omitir-se diante de sua condição filho desgarrado. Embora fosse necessário deixar as noventa e nove ovelhas sozinhas, era mister ir em busca da que se tinha desgarrado. A motivação oferecida por Jesus é muito simples: é preciso agir assim, porque o Pai não quer a perda de nenhum ser humano. Por conseguinte, a comunidade cristã é chamada a imitar a bondade do Pai no trato com seus filhos, especialmente os mais fracos.
Oração 
 Senhor Jesus, que eu esteja sempre disposto a ir em busca de quem se desviou de ti e do Reino, para reconduzi-lo ao bom caminho.
Nap Figueiredo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

EVANGELHO DE 05/12/2013

A casa construída sobre a rocha - Mt 7, 21.24-27
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor! Senhor!', entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem ajuizado, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, ficando totalmente destruída!"

COMENTÁRIO AO EVANGELHO (Pe. Jaldemir Vitório)
QUEM ENTRARÁ NO REINO?
O Messias Jesus detectou dois tipos de comportamento nos discípulos que aderiram a ele. Por isso é que os alertou a respeito da atitude correta de quem deseja entrar no Reino. Seria uma conduta equivocada limitar-se a dizer "Senhor, Senhor", como se isto significasse uma real adesão ao Reino. O equívoco consiste em contentar-se com um palavreado vazio, muito distante das exigências do Reino. Enquanto a boca fala uma coisa, a vida pauta-se por outros parâmetros. Esta incongruência é incompatível com o Reino.
A atitude correta consiste em assimilar os ensinamentos de Jesus, de maneira tão profunda que leva o discípulo a pautar por eles a sua ação. Isto corresponde a fazer a vontade do Pai, e deixar-se guiar por ele.
Estas duas atitudes foram ilustradas com a parábola das duas casas. Conduta equivocada é a daquele que constrói a casa sobre a areia, sem alicerces profundos. Já na primeira tempestade (os revezes da vida) ela desaba não restando nada de pé. Atitude correta é a daquele que constrói a sua casa sobre a rocha. Por mais forte que possa ser a tempestade, será incapaz de destruí-la, porque bem alicerçada.
A profundidade da experiência de encontro com o Messias Jesus revela-se na reação desencadeada na vida do discípulo. Entra no Reino quem se posicionar diante dele de maneira adequada, dispondo-se a fazer a vontade do Pai.

Oração
Pai, livra-me de reduzir minha adesão a Jesus a mero palavreado. Ajuda-me a transformar os ensinamentos dele em norma de vida. Assim estarei fazendo a tua vontade
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Nap Figueiredo

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

EVANGELHO DE HOJE (03/12/2013)




Júbilo de Jesus - Lc 10, 21-24
Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse:

- Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. E, voltando-se para os discípulos em particular, disse-lhes:
- Felizes os olhos que vêem o que vós estais vendo! Pois eu vos digo: muitos profetas e reis quiseram ver o que vós estais vendo, e não viram; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram.


COMENTÁRIO AO EVANGELHO (Pe. Jaldemir Vitório)
QUEM ACOLHE O SENHOR?
As coisas de Deus seguem uma lógica muito diferente da lógica humana. Em termos humanos, pode-se pensar que o reconhecimento e a acolhida do Senhor sejam mais fáceis para os sábios e os entendidos deste mundo, e que a pessoa, com o próprio esforço e ciência, possa chegar mais rapidamente a conseguir o que espera.
Deus, porém, inverte este esquema, franqueando aos pequeninos a revelação do Filho de Deus. E isto é um dom divino, que não depende do merecimento humano. Ademais tal dom é concedido a quem é desvalorizado pelo mundo e se considera indigno de recebê-lo do Pai.
A atitude correta do discípulo à espera do Senhor consistirá em não supervalorizar suas prerrogativas, esperar ser encontrado digno de receber a revelação e recebê-la com a humildade de quem se sabe indigno. O discípulo deve ter consciência de ser pequenino e carente da ajuda do Senhor, para poder reconhecê-lo. Sua felicidade consistirá em ver e ouvir o que tantos outros ansiaram ver e ouvir, e não puderam. Essa será a recompensa de sua humildade. Afinal, ele será o verdadeiro sábio e entendido, uma vez que sua sabedoria tem origem no Pai.

Oração
Senhor Jesus, concede-me um coração de discípulo, que conta com a sabedoria e o entendimento vindos do Pai e me preparam para reconhecer-te.

Nap Figueiredo


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

EVENGELHO DE DOMINGO

Evangelho (Mateus 24, 37-44)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
24 37 Disse Jesus: “Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem.
38 Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca.
39 E os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem.
40 Dois homens estarão no campo: um será tomado, o outro será deixado.
41 Duas mulheres estarão moendo no mesmo moinho: uma será tomada a outra será deixada.
42 Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor.
43 Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa.
44 Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho (Pe. Jaldemir Vitório)
PRONTOS PARA RECEBER O SENHOR
O tempo litúrgico do Advento convida-nos à preparação para acolher o Senhor que vem. O apelo insistente da Igreja questiona a tendência dos cristãos a serem acomodados, quando não contaminados pela mentalidade mundana, centrada na busca desenfreada do prazer e na consecução de interesses pessoais.
Desconhecendo o dia e a hora em que o Senhor virá, o discípulo deve estar sempre pronto para recebê-lo. A prontidão cristã é feita de pequenos gestos de amor, na simplicidade do quotidiano. Nada de ações mirabolantes nem de tarefas heróicas a serem cumpridas! Exige-se do discípulo apenas amor sincero e gratuito a Deus e ao próximo.
O episódio bíblico acerca da figura de Noé e do dilúvio ilustra a atitude contrária àquela do discípulo do Reino. A desvastação diluviana tomou de surpresa a humanidade. Ninguém, além de Noé e de sua família, deu-se conta do que estava para acontecer. Por isso, comia-se, bebia-se e se celebravam bodas, na mais total ignorância da fúria destruidora da natureza que se abateria sobre a Terra.
O Senhor espera encontrar os discípulos do Reino vigilantes, quando de sua chegada. A menor desatenção pode revelar-se perigosa. Por isso, o egoísmo jamais poderá ter lugar no coração de quem quer ser encontrado pelo Senhor. Só existe uma maneira de preparar-se para este momento: amar.

Oração
Pai, à chegada de teu Filho que vem, quero encontrar-me preparado, por meio do amor gratuito a meu semelhante.

Nap Figueiredo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

EVANGELHO (Lucas 21,20-28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 
"Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judéia fujam para as montanhas; os que estiverem na cidade afastem-se dela, e os que estiverem fora da cidade nela nem entrem. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. Ai das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá grande angústia na terra e ira contra este povo.
Serão abatidos pela espada e levados presos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que se complete o tempo marcado para eles.
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao cosmo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. 
Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima".

Comentário ao Evangelho (Pe. Jaldemir Vitório)
LEVANTEM A CABEÇA!
Na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.
A devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande evocação teológica - lugar da habitação de Deus no meio de seu povo - converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados. Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!

Oração
Espírito de alegre esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.

Nap Figueiredo

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

EVANGELHO LUCAS 21, 12-19

A aflição e a perseverança - Lc 21, 12-19
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Antes disso tudo, porém, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e jogados na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Será uma ocasião para dardes testemunho. Determinai não preparar vossa defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. A alguns de vós matarão. Sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça. É pela vossa perseverança que ganhareis a vossa vida!" Palavra da Salvação.


COMENTÁRIO AO EVANGELHO (Pe. Jaldemir Vitório)
O SOFRIMENTO DO DISCÍPULO
A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora!
Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários.
Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.

Oração
Espírito que me livra do mal, não permitas que eu sucumba às forças do egoísmo e do mal, mesmo tendo de suportar sofrimentos e perseguições.

Nap Figueiredo

terça-feira, 26 de novembro de 2013

EVANGELHO (Lucas 21,5-11)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
 Naquele tempo, 21 5 como chamassem a atenção de Jesus para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: 
6 “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”.  7 Então o interrogaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?” 
8 Jesus respondeu: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais após eles. 
9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”. 
10 Disse-lhes também: “Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. 
11 Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu”. 
 Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho (Pe. Jaldemir Vitório)
UMA FRÁGIL BELEZA
 O discurso sobre o fim do mundo revela a fragilidade das realidades humanas. Nem mesmo o Templo, construído para ser a habitação de Deus no meio do povo, estaria à salvo da destruição. 
 A constatação de Jesus a respeito da destruição do Templo expressa o destino das realidades humanas: "Não ficará pedra sobre pedra". O fim de tudo é a sua ruína. Experiência dolorosa, que será acompanhada de tentativas de engano: muitos se apresentarão como messias, anunciando a chegada de fim. Guerras e revoluções, terremotos e epidemias, prodígios e sinais no céu revelarão, também, essa chegada. Mas, ao contrário do que diziam os falsos profetas, Jesus afirma que "não será ainda o fim". 
 O Mestre assegura isso, com a linguagem apocalíptica da época. Não lhe interessa, porém, inculcar em seus ouvintes os sentimentos dos quais esta linguagem estava carregada. Ele quer tão-somente conscientizar a comunidade acerca da importância de dedicar-se às coisas impossíveis de serem destruídas: a fé e o amor. Quando tudo tiver chegado ao fim, apenas estas duas realidades subsistirão. Só elas podem oferecer segurança e levar o discípulo a superar o medo terrificante que o confronto com a escatologia provoca. A beleza sólida da fé e do amor permanecerão, mesmo quando tudo o mais se tiver reduzido a escombros. Isto porque são obras de Deus.

Oração
Espírito de fé e de amor, livra-me de centrar minha vida no que é passível de destruição, e faze-me testemunhar a fé e praticar o amor.

Nap Figueiredo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

EVANGELHO (LUCAS 21, 1-4)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 1 Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.
2 Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,
3 e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.
4 Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho (Pe. Jaldemir Vitório)
A OFERTA DO POBRE 
É inútil querer fazer bela figura diante de Deus, pensando que ele se deixa impressionar pelas grandezas humanas. O Reino de Deus subverte as categorias humanas. Assim, o que é grande aos olhos humanos, é desprezível para Deus. E vice-versa: o que o mundo desvaloriza, encontra valor aos olhos de Deus.
Quando os ricos colocavam no cofre do templo generosas ofertas, acreditavam estar fazendo um gesto altamente louvado por Deus, e com isso, crescendo em mérito diante dele. A atitude deles humilhava a quem pouco possuía para oferecer e causava inveja e espírito de competição. Era uma exibição de generosidade, com um detalhe: davam do seu supérfluo e não teriam de sofrer na pele os efeitos de sua esmola.
Em contraposição, as duas moedinhas lançadas pela pobre viúva tinham um valor inestimável para Deus. Oferecendo aquilo que lhe restava para viver, a mulher colocava-se toda nas mãos do Pai e fazia sua vida depender totalmente dele. Ela se recusava buscar segurança nos bens materiais, nem acreditava que o acúmulo de bens, qualquer que fosse, pudesse trazer-lhe alegria e felicidade. Reconhecia que tudo, em sua vida, era dom de Deus. Por isso, com toda a liberdade e sem a ânsia de possuir, foi capaz de arriscar tudo.
Esta é a oferta que tem valor diante de Deus.

Oração
Senhor Jesus, liberta meu coração da ânsia de possuir e acumular. Faze-me, antes, compartilhar, com toda a liberdade, todos os meus bens.

Nap Figueiredo

sábado, 10 de agosto de 2013

PAI

Ser pai é uma criação do próprio Deus., que nos permitiu a nós homens continuarmos a nossa raça com Sua mesma natureza e características. Ser pai é um privilégio, é ter a oportunidade de cumprir com a missão dada por Deus, “multiplicai-vos”. É plano de Deus continuar a raça humana através da geração de filhos, conforme a lei natural de gerar filhos semelhantes a nós, à nossa imagem. Ser Pai é deixar herança aos filhos, não só material, mas especialmente composta de valores morais, espirituais e educacionais. É orientá-los segundo a vontade de Deus, com dedicação e compromisso, pois “são herança do Senhor”.
Ser pai é ser uma imagem pequena, mas significativa de Deus, nosso Pai. É cumprir na terra uma missão divina de participarmos junto com Ele da criação de seres que amamos, que trazem neles nossa estampa física e espiritual.
O verdadeiro pai é aquele que dá o exemplo, que se entrega, que se compromete, que ensina, que aprende, que está presente na vida dos filhos, que ajuda nas dificuldades, que repreende nas horas certas.
Ser pai é poder sentir a felicidade de ver o êxito e as conquistas de cada filho. É ter orgulho de ver o seu pequeno passarinho alçar voo pelas estradas da vida.
Ser pai é vir a ser avô. Que alegria minhas três netas. Avô é ser pai duas vezes, só que com mais tempo, mais tranquilidade, mais paciência. Ser pai e avô é deixar uma neta dormir nos ombros ouvindo a canção “Esse Cara Sou Eu.”
Ser pai é ser um marido zeloso, que cuida, que ama a esposa, companheira nas lutas do dia a dia pela criação e educação dos filhos.
Em especial, nesta celebração deste ano, vem-me à mente o meu pai, que se foi faz muitos anos, Mas vejo sua imagem clara como o vejo nas fotos que ainda tenho dele, sua generosidade, seu amor por nós. Aproveito para, onde quer que ele esteja ao lado de Deus, abraçá-lo pelo seu dia. Parabéns papai.
E estendo a todos os pais as felicitações pelo dia, especialmente meu filho, meus genros, sobrinhos, cunhados e amigos.

Nap Figueiredo

terça-feira, 11 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS, 12 DE JUNHO

NESTE DIA DOS NAMORADOS, UM BELO TEXTO DO GRANDE DRAMATURGO INGLÊS WILLIAM SHAKESPEARE:

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

 Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
 Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
 Que nos teça elogios sem fim...
 E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
 inquestionável...

 Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...

 Alguém que nos possa dizer:

 Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

 Ou alguém que apenas diga:

 Sou seu amor! E estou Aqui!
 (William Shakespeare)
Napoleão

segunda-feira, 10 de junho de 2013

CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO


         Na homilia de domingo, padre Bruno salientou a intercessão em suas palavras.
Devemos interceder uns pelos outros, faz parte da comunhão cristã, da vida em comunidade, da vontade de Deus. E neste pensamento surgiram em suas palavras as realidades eternas do céu, do inferno e do purgatório, realidades que nos causam ora medo, ora a alegria da possibilidade da visão de Deus. É justamente sobre isto que gostaria de falar aqui no blog para ajudar muitos irmãos e irmãs, tentando esclarecer dúvidas, temores.

Do céu e do inferno, embora haja dúvidas, temos uma compreensão mais tranquila. Para céu, estamos nos referindo à amizade eterna com Deus, ao reino dos céus, ao reino de Deus, paraíso, visão de Deus, participar da vida plena que o próprio Pai do Céu nos dá pelo seu Filho ressuscitado. Para inferno, é a existência na  contradição, morte eterna, a negação da comunhão com Deus, a ausência da comunhão com o Pai, a imagem invertida da glória, o supremo sofrimento pela ausência de Deus. Numa imagem dos dias de hoje para compreendermos o fogo do inferno é como uma depressão profunda eterna, uma solidão sem fim, uma melancolia sem cura, um trágico fracasso da existência humana.

Tudo isto busquei dos textos sobre escatologia de Dom Henrique Soares da Costa, Bispo auxiliar de Aracaju. E deles, tentarei ilustrar o que devemos entender por purgatório, tema maior deste meu texto e que é motivo de muitas dúvidas e de entendimento equivocado.

Na certa, nossa alma não fica dormindo após a morte. Ela fica, mesmo antes da ressurreição final, no corpo de Cristo ressuscitado, que é a Igreja celeste, na comunhão do amor, incorporados plenamente em Cristo Jesus, incorporação iniciada no Batismo. Mas isto é outro tema, falaremos do estado purgatório, na entrada na vida eterna com a nossa morte, já que puros para ver a Deus dificilmente nós todos seremos.

Embora nos irmãos protestantes nos critiquem quando falamos em purgatório, ele é percebido nas escrituras sagradas e na Tradição da Igreja. Não existe esta palavra na bíblia, mas passagens nos levam a crer na sua necessidade. No Antigo Testamento aparece uma constante convicção que somente uma absoluta pureza é digna de ser admitida à visão de Deus, nada de impuro pode estar diante dEle. No Novo Testamento existe a mesma convicção. Jesus afirma que os puros de coração verão a Deus e o Apocalipse diz que nada profano entrará na nova Jerusalém. Então, como vamos nos purificar? Quando cometemos pecados, na confissão somos perdoados, mas a pena fica. A consequência de nossas faltas permanece. E quanto mais fazemos esses pecados leves, mais fracos ficamos no vício. Assim, sempre teremos uma purificação a fazer para alcançarmos o reino de Deus. É aí que entre o estado purgatório, que precisa ser bem compreendido. Afinal, como devemos entender o purgatório? Pergunta em seu texto Dom Henrique. E ele magnificamente nos ensina dentro da nossa igreja católica:

“Vamos partir de uma belíssima imagem do Apocalipse, que descreve o Cristo ressuscitado: “Os olhos eram como chamas de fogo. Os pés, semelhantes ao bronze incandescente no forno, e a voz, como a voz de muitas águas” (Ap 1,14b-15 cf. Dn 10,6).

            Morrer é partir para estar com Cristo, para encontrar aquele que “tem os olhos de fogo”, quer dizer, que nos vê como somos. No nosso encontro com ele, este fogo do seu olhar amoroso, fogo que é o próprio Espírito Santo, nos purificará: tudo aquilo que em nós foi “poeira do caminho”, aquelas pequenas coisas que ainda nos atrapalhavam e impediam que fôssemos totalmente livres, serão “queimadas”, purificadas no abraço final que Cristo nos dará! Então, compreendamos bem: o purgatório não é um lugar, nem está entre o céu e o inferno! O purgatório é a purificação que recebemos logo após a nossa morte, quando o abraço amoroso de Cristo nos envolve no fogo do seu amor! A gente passa pelo purgatório logo após a morte, caso ainda tenhamos aqueles apegozinhos, aquelas escravidõezinhas, aqueles pecadinhos de estimação.... Cristo completará em nós a obra começada. Mas, atenção: não é que a gente vai se converter depois da morte! Nada disso! Com a morte acaba nossa possibilidade de escolha: o purgatório é para quem escolheu o Cristo, viveu com ele, mas ainda tinha as pequenas incoerências de cada dia! Quem escolheu viver longe de Cristo não experimenta o purgatório, mas, ao contrário, viverá para sempre na contradição. 

            E as famosas penas do purgatório? Tratam-se simplesmente da dor, do sofrimento por ver que não amamos o bastante o Senhor. Quem é amado e descobre que não correspondeu a este amor como devia, sofre! Assim, o sofrimento do purgatório não é algo que Deus nos impõe, mas algo que vem da nossa própria imperfeição, da dor de não ter amado o bastante.

            E para que rezar pelos mortos que passam por este estágio purgatório? Já vimos que a Bíblia atesta a oração pelos mortos: trata-se de uma expressão belíssima da solidariedade dos membros do Corpo de Cristo: os mortos não cumprem seu destino de modo solitário, mas inseridos no Corpo do Senhor. A Igreja da terra está unida à Igreja que se purifica: o amor de Cristo nos uniu! Inseridos no Corpo de Cristo pelo Batismo, jamais estamos isolados, jamais estamos sozinhos! Mais ainda: neles, a Igreja mesma se purifica para ser Igreja glorificada!

            Uma última questão: se o purgatório acontece imediatamente após a morte e ninguém “fica” no purgatório, mas “passa” logo e pronto, para quê, então, rezar pelos mortos? É que para Deus não há tempo; tudo para ele é presente: a oração que fazemos hoje serve para um irmão nosso que já morreu há cem anos!

            Assim, rezemos pelos nossos mortos. Às vezes a gente escuta dizer na missa: “pelas almas do purgatório...” O que significa isso? Simplesmente: “pelos nossos irmãos que se purificam...” Rezamos para que sintam nossa solidariedade, já que a Igreja é a comunhão dos santos (=dos batizados), todos unidos no Corpo de Cristo ressuscitado.

            É muito errado fantasiar o purgatório, pensando que é um lugar, ou que lá se está sofrendo castigos, ou que alguém fique lá por uns tempos... Na outra vida não há tempo como aqui, nesta vida! Cuidado com as afirmações tolas e infantis!

            Uma coisa é certa: somente purificados de nossas incoerências poderemos estar com Aquele que é a Verdade. Se não arrancarmos nossos pecadinhos de estimação aqui, o Senhor vai arrancá-los no momento de nosso encontro com ele! E que dor saber que não fomos generosos o bastante! É isto - e só isto - que a Igreja quer dizer quando fala em purgatório!”

Napoleão

segunda-feira, 27 de maio de 2013

QUANDO A DEVOÇÃO FAZ MAL

O ARTIGO A SEGUIR É DO IR. AFONSO MURAD, PEDAGOGO E DOUTOR EM TEOLOGIA, QUE FALA DE EXAGEROS EM CERTAS DEVOÇÕES, DE ALGUMAS ORAÇÕES E CANÇÕES MAL REDIGIDAS COMO ESTA QUE ELE ANALISA. MUITO INTERESSANTE E PRÓPRIO PARA O MOMENTO: 

"Certa vez, tive uma afta na boca. Recomendaram-me que aplicasse tintura de própolis, diluída em 70% de água. Não entendi a razão. Pensei comigo: se é bom, porque diluir? Felizmente, descobri a resposta antes de usar o remédio. Se utilizasse o concentrado, a tintura queimaria a minha mucosa bucal, em vez de curá-la. Guardei esta lição prática: até o bom remédio, natural, com poucas contra-indicações, deve ser usado com equilíbrio, na medida cert. Caso contrário, provoca mais malefício do que cura.
Este princípio tão simples vale também para a devoção. Nós, católicos, reconhecemos que as práticas devocionais são boas, pois nos levam a viver em sintonia com Deus e a seguir Jesus intensamente. No entanto, todo exagero faz mal. É como o bom remédio, fora da medida adequada: pode destruir em vez de curar.
Atualmente, presenciamos um exagero de devoção no catolicismo. Em alguns casos, o remédio se parece com uma doença. Simplesmente, porque não há limites. E tudo que se faz sem critérios e limites, corre o sério risco de decair em extremismos. No campo religioso, isso se manifesta na intolerância e na miopia espiritual. As pessoas passam a condenar a todos o que não pensam como elas e são incapazes de se auto-criticarem. Mesmo que estejam recheadas de boas intenções.
Há alguns dias recebi um canto sobre Maria. Para quem está mergulhado neste excesso de piedade, parece sublime, belo, perfeito. Intitula-se: “A primeira que comungou”. Veja:
A primeira que comungou foi a Virgem Maria
A primeira que recebeu Jesus no coração
A primeira que anunciou foi a Virgem Maria
A quem gerou na fé o profeta que de Isabel nasceu.
Foi por ela que aconteceu a primeira adoração
E quando os magos a encontraram
Houve a primeira grande exposição.
Mãe capela do santíssimo sacrário do amor
Expõe para nós teu filho
Mãe capela da santíssima morada do senhor
Expõe para nós teu filho
Primeiro ostensório do Senhor.

 O Concílio Vaticano II, ao promover uma grande renovação da Igreja, pediu que voltássemos à fonte do Evangelho e das primeiras comunidades cristãs. No capítulo 8 do documento sobre a Igreja, intitulado “Lumen Gentium”, apresenta a figura de Maria na dosagem saudável. Diz que Maria deve ser compreendida em relação a Cristo e à Igreja. A partir dessa orientação, confirmada anos mais tarde por um lúcido documento do Papa Paulo VI sobre o Culto a Maria (Marialis Cultus), se busca uma devoção mariana equilibrada, bem dosada.
 Infelizmente, não é o que se vê na música acima. O uso exagerado da analogia, ultrapassando o bom senso, leva a afirmações que não são corretas. “Comungar”, no sentido de participar da ceia do Senhor e receber seu corpo e sangue, aconteceu em primeiro lugar com os discípulos de Jesus, antes de sua paixão. Se Maria esteve lá, também tomou parte deste momento que resume a vida, morte e ressurreição de Jesus. Mas dizer que ela foi a primeira que comungou extrapola o bom senso e não retrata o que aconteceu.
 Devemos usar com cuidado as analogias ou as figuras de linguagem, para não dizer coisas ambíguas, que escandalizam outros cristãos, inclusive os próprios católicos. Não seria uma imagem inadequada e anacrônica (fora do nosso tempo), dizer que Maria é o primeiro ostensório? Tal afirmação não tem base bíblica e nem raízes nos Pais e mães da Igreja dos primeiros séculos.
 A linguagem devocional, quando usada sem limites ou critérios de verificação, acaba produzindo um fenômeno parecido com os termos esotéricos: só pode ser compreendida por quem está dentro do movimento dos iniciados. Aos outros, soa como algo estranho ou sem sentido. Para quem está mergulhado num devocionismo, não há limites em usar as figuras de linguagem. E aqui está o grande problema. Lentamente, Maria se torna mais importante do que Jesus. E o Jesus da devoção também está distante do nosso mestre e Senhor, apresentado nos Evangelhos.
 A devoção exagerada não cura. Ao contrário, lentamente leva a terríveis desvios.
 Maria merece nosso respeito. A devoção a ela é legítima. Mas não pode extrapolar o bom senso. Cultivemos a lucidez!
 Maria e Jesus agradecem...  A humanidade também".

Napoleão


sexta-feira, 24 de maio de 2013

REFLEXÕES SOBRE A DEVOÇÃO À MÃE DE JESUS


PEDIR EM NOME DE MARIA    Padre Zezinho

Uma coisa é dizer que tudo nos vem por Maria e outra coisa dizer que muitas graças no vêm através da prece de Maria. Se eu oro por você ao Pai em nome de Jesus, ou a Jesus diretamente e você me diz que recebeu a graça, não estou errado ao dizer que, por minha intercessão junto a Jesus, você recebeu aquela graça. Senão, que sentido teria os pais orarem pelos filhos ou os padres e pastores orarem por seus fiéis? Não é intercessão? Se nós intercedemos o tempo todo uns pelos outros, porque negar que Maria faça o mesmo a quem pede sua ajuda? Seria a prece dela menor do que a dos padres e pastores? 


Eu já fui de falar primeiro com Maria e só depois com seu filho. Agora, faço o que sinto vontade de fazer. Muitas vezes falo direto com Jesus. Outras, com a mãe dele. Quando falo com Maria, peço a ela que fale comigo a Jesus e interceda comigo e por mim. Se ela falar direto ao Pai, vai usar o nome do Filho dela, como eu faço quando falo com o Pai. Mas sei que a oração de Maria é incomparavelmente mais pura do que a minha. É claro que quero a ajuda dela. Se aceito a ajuda dos padres e reverendos que dizem orar por mim, porque não aceitaria a de Maria que creio estar salva e viva na outra dimensão do existir, dimensão que chamamos de céu? 
Não acho que Maria se magoe, por falarmos ao seu Filho sem recorrer a ela. É tudo que ela quer! Que falemos com seu Filho! Quando nossa Igreja diz que Maria é “medianeira de graças” ( o Catecismo não tem a palavra “todas”) nossa Igreja não está dizendo que Deus Pai que age através de Jesus só atenderá nossas preces, se elas também passarem por Maria. Isso a Igreja nunca disse!

O que a Igreja diz é que, se quisermos pedir, qualquer graça, qualquer que seja o pedido, podemos pedir por Maria, porque ela pedirá conosco e levará tudo a Jesus. Não há graça que Maria não peça conosco! A Igreja sugere, inclusive, que os católicos usem o santo nome de Maria nas suas orações, mas sem esquecer que o nome que salva é o de Jesus. Não usamos os nomes de amigos e de outras pessoas quando pedimos algum favor de alguém que as conhece? Se soubermos usar o nome certo do jeito certo, porque não? Desde que saibamos que o poder e foi dado a Jesus e ele o delega a quem ele quiser (Mt 13,11), não erraremos. Jesus deu poder aos apóstolos, desde que se reunissem no seu nome ou que usassem seu nome. ( Mt 18,20, Jo 14,13)
Na Bíblia há centenas de passagens em que se usa o nome de profetas e servos de Deus durante as orações (1 Re 13,6 ). Reis pediam aos profetas que orassem por eles. Nós cristãos usamos o nome de Jesus porque não há nenhum nome maior do que este para nós. ( Fl 2,9 ) Mas não está proibido usar nomes menores. O de Maria é menor que o de Jesus, mas é bem maior do que o nosso. Estava certa aquela senhora que orava:

-“ Pai, falo com o senhor em nome de Jesus”
 -“ Jesus, falo com o senhor em nome de Maria”
 -“ Maria, falo com senhora pedindo que me ajude a falar com Jesus, porque de falar com ele a senhora entende mais do que eu “

Estava orando a Maria do jeito certo !

Por isto é preciso que aprendamos a orar COM Maria e não À Maria. (Acrescento)

Napoleão

segunda-feira, 20 de maio de 2013

COMENTÁRIO DA PREGAÇÃO DO PADRE FÁBIO "CURE A IGREJA À PARTIR DO SEU CORAÇÃO"



Assistindo na Canção Nova a reprise da pregação na Terra Santa de 16 deste Padre Fábio de Melo no Congresso Internacional de Pentecostes, chamou-me muito a atenção algo que me preocupa também em nossa Igreja. O tema foi "Cure a Igreja a partir do seu coração". Entre tantas coisas, padre Fábio dizia que não podemos ficar presos à lei. O cristão não pode ser escravo da lei, de regras que o torna prisioneiro pensando exercer a liberdade. Por exemplo, ir à missa porque a lei manda. Não, ir à missa por prazer, por amor a Deus. E várias outras coisas que fazemos por imposição, porque a lei manda. Precisamos ter no coração o conhecimento da essência da lei para libertarmos a nossa liberdade, para sermos livres dentro de tudo aquilo que é religioso e sermos capazes de identificar o que realmente vale a pena. É preciso conhecer Jesus diariamente para realmente termos esta liberdade. Vivê-Lo cada dia.

Padre Fábio diz, eu trago dentro de mim esta raiz que é Abraão, mas não trago o equívoco que é matar o próprio filho, porque este equívoco já foi superado pela nova Lei, a Lei que Jesus me apresenta. E conhecendo o coração desta lei, poderemos cumpri-la com alegria. Pois é preciso haver limites. Por isto a igreja impõe limites como os pais precisam impor limites aos filhos para o bem deles. É preciso adentrar o coração da lei e identificar o que vale a pena.

Mas o que me chamou mais a atenção porque me deixa também preocupado foi quando ele falou das devoções onde muitas têm preterido Jesus Cristo que é na verdade o centro, o principal da nossa Igreja. Ele enfatizou que várias devoções, inclusive à Nossa Senhora, têm deixado de lado o verdadeiro centro da nossa religião que é Jesus. Ainda disse, a gente não reza à Maria, rezamos com Maria, porque Jesus Cristo é o Nosso Senhor, que tudo pode, que é o nosso Deus, eu acrescento.
Fico chocado ao ver fiéis enfatizando de tal forma suas devoções que receio estarem pecando contra o mandamento de Deus. Pe. Zezinho mesmo já comentou este assunto em seu texto Maria do jeito certo. 

Na verdade, sabemos que tudo aquilo que Deus nos pede, nos solicita não tem outra finalidade a não ser nos promover como pessoa. Dessa forma, seremos livres na verdadeira acepção de liberdade. Liberdade não é fazer o que se quer, é fazer o que convém para estarmos de acordo com a decisão tomada. Para caminharmos pela verdadeira estrada que conduz ao  Reino dos Céus.

sábado, 11 de maio de 2013

DIAS DAS MÃES: PARA A CLEUSA, MINHA ESPOSA, MÃE DE MEUS FILHOS


Cleusa,
Nesta apresentação num programa do Faustão na Globo, Roberto Carlos ainda fragilizado pela morte de Maria Rita, chora. Rola uma emoção grande. A canção AMOR SEM LIMITE me faz sentir o mesmo. Parece que fiz esta letra.
Neste dia das mães quero oferecer-lhe este vídeo pela emoção que ele deixa rolar, pela verdade que as palavras fazem calar fundo no coração, pelo amor que tenho por você e como diz a letra:

“Eu nunca imaginei que houvesse no mundo
Um amor desse jeito
Do tipo que quando se tem não se sabe
Se cabe no peito
Mas eu posso dizer que sei o que é ter
Um amor de verdade
E um amor assim eu sei que é pra sempre
É pra eternidade 

Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas dela eu nunca me esqueço
Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe”
Nap
Veja o vídeo: