terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

VIVENDO EM COMUNIDADE NA IGREJA: A FAMÍLIA DE DEUS


Estou lendo um livro de Rick Warren, Uma Vida com Propósitos. Um guia verdadeiro, mas que mostra o caminho difícil para se conquistar o Reino dos Céus. Rick Warren pertence à Igreja Saddleback, sediada na California, é o líder espiritual mais influente dos Estados Unidos.

O livro não prega religião. Trata da vida que um cristão deve viver para estar de acordo com os desígnios de Deus. Seu conteúdo está perfeitamente inserido nos nossos ensinamentos católicos, de outras igrejas cristãs e que a maioria de nós ignora.
Meu texto visa compartilhar uma parte do livro que trata da comunidade e da igreja local. Algo muito importante para atingirmos nosso objetivo de cristãos. No entanto, em rápidas pinceladas, faço um diminuto retrato desde o seu início para dar melhor sentido ao meu escrito.

O livro é iniciado mostrando que tudo começa com Deus. Ele é o foco. E ao perguntar por que estamos aqui, a resposta é simples, nossa vida é temporária e Deus é a razão de tudo como nos mostra a bíblia: “NEle(Deus) foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele (Colossenses 1,16). E que nós, criaturas à Sua imagem, fomos criados para ser eternos, para agradar a Deus, para fazê-Lo sorrir, amando-O acima de tudo, adorando-O sempre, sendo Seu amigo todo dia, não apenas nas situações difíceis e sofredoras. Fazendo parte efetiva de Sua família, pertencendo a nossa Igreja local, a nossa comunidade, aos nossos grupos, trabalhando juntos na construção do Seu Reino.

Aqui começa o meu intento, apresentar a importância de fazer parte da família de Deus.
A vida consiste em amar. A bíblia confirma “porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas, 5, 14). Mas Deus quer que isto seja feito vivendo juntos na nossa comunidade, no nosso grupo de estudos, em conjunto. Então é preciso de um lugar ao qual pertencer. Somos chamados para pertencer, não somente para crer. “Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nEle que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nEle que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus” (Efésios 2, 19-22). Este local ao qual pertencer é a nossa Igreja, a nossa pastoral, o nosso círculo de estudos. E é no grupo menor que conseguimos a vida em comunidade, participando todos e, por conseguinte, inseridos em toda igreja. Mesmo Jesus quis um grupo de doze para a eficiência da Sua missão. A vida cristã é mais que um compromisso com Cristo, inclui um compromisso com os outros cristãos. Tornamo-nos cristãos ao nos comprometer com Cristo, mas tornamo-nos membros de uma igreja ao nos comprometer com um grupo específico de fiéis. A primeira decisão traz a salvação e a segunda a comunhão.

Fazemos parte do corpo de Cristo (Colossenses 3, 15). A vida foi feita para ser compartilhada. Devemos ter uma vida em comum. “Cântico das subidas. De Davi. Vejam como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos” (Salmos 133, 1). Comunhão é muito mais que apenas ir à missa, significa experimentar a vida juntos. Isso inclui amar altruisticamente. Quando se trata de comunhão o tamanho importa, quanto menor melhor, isto é, a gente pode adorar no meio de uma multidão, mas não podemos ter comunhão com toda ela. Não há como todos participarem quando há mais de dez ou doze pessoas. Por isto, Jesus tinha um grupo de doze. Por isto todo cristão precisa fazer parte de um grupo pequeno dentro da igreja. Aí vai haver comunhão. Jesus mesmo prometeu, “onde dois ou três se reunirem em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
Na verdadeira comunhão, as pessoas experimentam autenticidade, são honestas a respeito de si mesmas e do que está acontecendo em suas vidas. Na verdadeira comunhão, as pessoas experimentam a reciprocidade, a arte de dar e receber, é depender um do outro, ajudar uns aos outros. Somos mais constantes em nossa fé quando outras pessoas caminham conosco e nos incentivam. A reciprocidade é a essência da comunhão. Na verdadeira comunhão, as pessoas experimentam a compaixão, a misericórdia.

A vida em comunidade exige comprometimento. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre cristãos, mas Ele cultiva isso por meio das escolhas que fazemos e dos compromissos que temos. É necessário tanto o poder de Deus quanto o esforço nosso para gerar uma comunidade cristã amorosa.
A vida em comunidade exige sinceridade, É necessário usar a franqueza para que os relacionamentos evoluam. Mas é falar a verdade com uma atitude de amor. Quando tratamos o conflito de maneira correta, crescemos em intimidade uns com os outros. A verdadeira comunhão, seja no casamento, na amizade ou na igreja, depende da franqueza.
A vida em comunidade exige humildade. As Sagradas Escrituras nos ensinam “Sejam humildes uns com os outros”. A vestimenta adequada à comunhão é a  postura humilde. Humildade não é pensar menos de si mesmo, mas pensar menos em si mesmo.
A vida em comunidade exige cortesia. Somos corteses quando respeitamos as diferenças, quando temos consideração pelos sentimentos uns dos outros. São Paulo diz a Tito: “O povo de Deus deve ser generoso e cortês”.
Na igreja ou nos grupos pequenos, sempre há as pessoas difíceis. Temos de saber respeitá-las, amá-las. Deus as coloca em nossas vidas para o nosso bem e o bem delas. Elas são uma oportunidade para crescermos e um teste para a comunhão.
A vida em comunidade exige sigilo. Somente num ambiente seguro, onde existe acolhimento amável e sigiloso, as pessoas se abrirão e compartilharão suas mágoas, seus problemas, suas necessidades, seus erros.
A vida em comunidade exige constância. Devemos manter contato regular com o grupo a fim de desenvolver a verdadeira comunhão. Relacionamentos exigem tempo. É preciso estar comprometido.

Tudo está na igreja. Deus criou a igreja para satisfazer nossas cinco necessidades mais cruciais: um propósito para o qual viver, pessoas com quem viver, princípios pelos quais viver, uma profissão para nos sustentar e força para seguir vivendo. Não há nenhum outro lugar na terra em que possamos achar esses cinco benefícios em um só lugar.
Os propósitos de Deus para nossa igreja são idênticos aos cinco propósitos que ele tem para nós, A adoração nos ajuda a nos concentrar em Deus, a comunidade nos ajuda a enfrentar os problemas da vida, o discipulado nos ajuda a fortifica a nossa fé, o ministério nos ajuda a descobrir nossos talentos e o evangelismo nos ajuda a cumprir nossa missão, Nesta  terra, não há nada como a igreja. Precisamos valorizá-la de acordo e senti-la caminho para alcançarmos nosso objetivo nesta vida.
Portanto, é nossa função proteger a igreja. A unidade da igreja é tão importante que o Novo Testamento dá mais importância a isso do que ao céu ou ao inferno. Deus deseja profundamente que experimentemos unidade e harmonia uns com os outros. A unidade é a alma da comunhão. Nosso maior modelo de unidade é a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são totalmente unidos em um.

A bíblia nos orienta para conseguirmos esta unidade e harmonia:
1. Concentremos no que temos em comum, não em nossas diferenças. Como crentes, partilhamos um Senhor, um corpo, um propósito, um Pai, um Espírito, uma esperança, uma fé, um batismo, um amor, a mesma salvação, a mesma vida e o mesmo futuro, fatores muito mais importantes do que as diferenças que poderíamos enumerar. 

2. Sejamos realistas em nossas expectativas. Entre uma igreja ideal e ela real é grande a diferença. Se mudarmos de igreja a cada decepção, não haverá igreja para nós. Portanto, amemos nossa igreja independentemente de suas imperfeições e lutemos para atingirmos o ideal.

3. É melhor que a gente prefira incentivar que criticar. É sempre mais fácil ficar de fora e jogar pedras naqueles que estão servindo do que se envolver e contribuir. São Paulo adverte: “Por que julgas, então, o teu irmão? Ou por que desprezas o teu irmão? Todos temos que comparecer perante o tribunal de Deus” (Romanos 14, 10).

4. Recusemos dar ouvidos às fofocas. É muito triste que no rebanho de Deus as maiores feridas venham de outras ovelhas e não de lobos.

5. Pratiquemos os métodos de Deus para a solução de conflitos. Com amor sempre.

6. Precisamos apoiar nossos pastores e líderes. Eles não são perfeitos, Mas Deus os colocou em nossos caminhos. Eles responderão pelos seus atos, portanto vamos respeitá-los como líderes pastorais. Deus abençoa as igrejas unidas.

Ainda estou no meio do livro, mas achei importante focar esta parte. Há muito para aprender dele. Seu destino é nos ensinar a servir o Senhor, nos levar a cumprir nossa missão e assim conquistar nosso lugar no Reino de Deus.

Napoleão

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