
No Evangelho deste domingo, na busca de conseguir compreender melhor o que Jesus nos pede, achei um texto no blog de Ana Luiza Medeiros, que muito me ajudou.
São Mateus continua a nos exortar em relação a viver a forma mais difícil do amor, que é por alguém que nos fez algum mal. Mais uma vez, não existe muita explicação para o Evangelho, porque ele é auto-explicativo, mas assim como fazer o bem a quem nos fez mal, também é muito difícil amar quem não nos é caro.
Temos na nossa cultura cristã principalmente três tipos de amor: o amor eros, o amor filos e o amor ágape. Explicando de forma bem resumida, é mais ou menos assim: o amor eros é aquele amor que uma pessoa sente por outra, onde o ser amado é objeto de desejo, onde a atração física fala mais alto e frequentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso continuado. O Amor filos é aquele amor de amigo, aquele amor companheiro, onde fazer o outro feliz faz parte da relação, a pessoa deixa de ser um objeto para ser parte da vida da pessoa. Já o amor ágape é o amor incondicional, é o amor de Deus. Nós sozinhos não sentimos esse amor, precisamos ter Cristo como referencial e através dEle exercer esse amor aqui na terra. Por exemplo, no matrimônio, que através da benção de Deus os casais vivem um amor que só acaba na morte, pelo menos teoricamente, infelizmente. As três formas de amor não vivem separadamente, elas se completam e unidos vivemos de forma saudável e divina o AMOR. O amor CARIDADE, que também faz parte de uma das denominações do Amor, se encaixaria no ágape (1Cor13).
Olhando por essa ótica, de fato, é bastante complicado viver qualquer um dos três tipos de amor citados pelo inimigo. Mas, acredito que o que o evangelho pede é como se explica o PERDÃO. Jesus nos exige que perdoemos. No entanto, perdoar uma pessoa não significa necessariamente que você gosta dela ou vai se associar a ela. Assim, é o Amor que Cristo pede neste evangelho de domingo, bem como em Lucas, 6, 27-38. Amar nosso inimigo não é ser o melhor amigo dele, não é de uma hora pra outra sair pra lanchar depois da Missa, não é ligar todos os dias para saber como vai a família, o trabalho, a vida. Mas, amar o inimigo é respeitar as diferenças que existem, é entender que apesar de pensamentos distintos vocês são filhos de Deus e portanto irmãos em Cristo. É não maldizer, é não caluniar, é uma compreensão no erro, é não fazer fofoca.. é não desejar-lhe o mal. É amar o Cristo que existe nEle também, superar muitas vezes os problemas e num momento de aflição, ajudar, sem expectativa de que isso os torne amigos de infância.
Amar o inimigo, perdoar alguém que nos feriu, magoou ou nos deseja o mal é possível porque ao seguirmos o ensinamento bíblico “Amai-vos uns aos outros” é sermos capazes, sinceramente, de desejar ao outro saúde, felicidade, paz, alegria e todas as bênçãos da vida. Não precisamos e não há sentido sermos compelidos a gostar de alguém ou nos associar a alguém. Podemos, entretanto, amar as pessoas sem gostar delas, respeitando-as, sem falar mal delas. E também, quem sabe, de repente, olhando com mais requinte, arriscamos a perder o inimigo e ganhar um amigo. Peçamos a graça de buscar viver fraternalmente a alegria do Ressuscitado em nossas vidas!
Napoleão
Contador Grátis
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