CATARATAS DO IGUAÇU
Eu vi as Cataratas do Iguaçu. Suas quedas d’água tombavam na imensidão, inundando o ambiente. Impetuosas, iam de encontro ao chão e os respingos molhavam-me o rosto. Cheguei mais perto. O barulho ensurdecedor das águas abundantes chocando-se nas rochas pareciam zumbir nos ouvidos. Os respingos se tornaram muito fortes e começaram a encharcar as roupas. O verde das plantas ao redor, sempre viçosas, contrastavam com a cor das águas que caíam sem medo. Caminhei displicente, mas sem perder de vista o espetáculo grandioso. O som do Iguaçu inundava o meu ser. Pude perceber uma certa harmonia tensa e grave. Não captei a melodia que soava por lá. Talvez seja como falar em línguas em que apenas os anjos entendem. A canção que meus ouvidos captaram falavam ao coração. Diante da beleza da paisagem tudo se calava e se curvava sob a maravilha de suas águas.
As cataratas são realmente uma expressão máxima de fonte de vida. Cada salto d’água é um reflexo fiel de que sempre é possível uma vida nova. É o milagre da natureza em movimento, majestosa, formidável. Nas Cataratas do Iguaçu, o mundo dá saltos de alegria, mostra um espetáculo inarrável, refletindo a grandeza e o poder de Deus.
Foi uma viagem inesquecível. Eu, Cleusa, minha esposa, minha filha Tatiana, minha netinha Rafaela, meu genro Ramon, todos, maravilhados, vimos o rio Iguaçu chorar e deixar jorrar suas lágrimas poderosas na imensidão dos vales. Um real espetáculo entre o Brasil e a Argentina. Uma prova incontestável da existência do nosso Criador.
Napoleão
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