quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A PRÁTICA DA CURA III

Numa linguagem nos moldes científicos, podemos dizer que o ser humano é corpo-mente-coração-espírito. O corpo é nossa base material, nosso espaço físico. Uma realidade óbvia para todos nós. Mas esta base é limitada. Para termos uma dimensão total é preciso termos uma evolução que chegue ao espírito. O corpo é limitado, finito, planetário. O espírito é a divindade, o infinito, a fagulha divina. Nele se situa a Sabedoria, o Poder, o Amor, a Felicidade, a Vida, a Abundância, a Beleza, entre outros. O espírito é a imanência divina, por isso todos somos iguais. O que nos diferencia um do outro é a mente. O espírito é a Vida de todos, a mente é cada um e seu viver; o espírito é universal, a mente é individual. O espírito é a divindade no ser humano, a mente é o ser humano na divindade. Então, o corpo localiza a criatura humana, a mente a individualiza, o espírito a realiza e plenifica. Somos confirmadamente da estirpe divina. “Também a minha palavra e a minha pregação não se apoiavam na persuasão da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito”. (1 Cor 2, 4).
Na verdade, o Poder Infinito que existe em nós não se explica, se usa. O espírito é a vida da mente, a mente faz o indivíduo e o Poder é acionado através da mente. A estrutura humana é expressão da mente. Como a mente é controlável, a saúde e a doença podem ser controláveis. A mente detém o Poder e a Sabedoria. Ela é uma só, mas tem duas funções ou características: mente consciente e mente subconsciente. A primeira é a mente racional, analítica, objetiva, criativa, seletiva, que pensa, raciocina, imagina, e tudo mais que fazemos e percebemos. O princípio básico criador está aqui. A mente subconsciente é subjetiva, impessoal, não seletiva, não analítica, cujo papel é cumprir o que a mente consciente determina. Tudo o que a mente consciente aceita como verdade, a mente subconsciente executa. Sua função é executar, realizar, materializar, concretizar.
Nosso subconsciente está sempre voltado ao natural, para a vida. Controla todas as ações, situações e funções. Se machucamos, por exemplo, ele desencadeia a ação curadora e faz a cicatrização, estanca o sangue. Ele cuida da nossa vida. Está alerta vinte e quatro horas a cada dia. Nele está o poder curador natural. Sua ação é determinada pelo pensamento sob qualquer forma: palavra, pedido, oração, mentalização, imagem, desejo. É por aí que a ação divina age em nós. Mas, enfatizando, é preciso acreditar, usar a palavra unívoca, o pensamento acreditado, como Jesus nos ensinou.
Há apenas um caminho na vida. O resto será descaminho, a antivida e leva à enfermidade e á morte prematura. Quando fazemos nossa parte, Deus faz a dEle. O caminho é feito de luz, de amor, de felicidade, de saúde, de paz, de bondade, de fraternidade, de criatividade, de positivismo, de aplicação das Leis Universais, de harmonia e do reconhecimento de que somos um ser muito importante criados à imagem e semelhança do Pai e habitantes desse lindo universo de Deus.
Concluindo, já conhecemos o segredo e temos a senha para adentrá-lo, temos a chave para abri-lo. Confiemos e conseguiremos tudo. “Quando me invocardes, ireis em frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei”. (Jeremias 29, 12). Busquemos a maior força curadora do mundo, o amor. Pratiquemos a quadrilogia da vida: amar a Deus, nosso Pai Celeste, amar a si mesmo, ao próximo e ao universo. Assim, as portas se abrirão e teremos sempre o sorriso meigo de Jesus.
Napoleão

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