quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UM PEQUENO TEXTO PARA MEDITAR

Diz certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: - Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como ?!....
- É simples - respondeu o velho - Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SHOW DA BIA EM CAMPANHA

Noite encantadora tivemos na Praça Dom Ferrão sábado à noite, em frente à nossa catedral.
De dia, ainda vislumbrando o que seria o show da inauguração das luzes natalinas, a chuva caía serena e calma pelas ruas. A dúvida sobre o tempo no horário previsto para o espetáculo trazia um pequeno temor de pai coruja, esperando pela primeira apresentação profissional de sua filha Fabiana num palco campanhense.
Enfim, o momento chegou. Da sacada de prédio do museu, nosso saudoso Ginásio São João, no escuro, abriram-se as portas e uma voz cheia de suavidade, aveludada, soprano, soou na noite. Parecia estar acompanhada de um coral harmônico de anjos louvando o nascimento do Salvador. Aos poucos, o som melodioso foi ocupando as ruas, gradativamente as luzes foram iluminando a igreja, o prédio do museu e a própria praça.
Até a lua, escondida na possibilidade de chuva, de repente se mostrou brilhante, iluminando os céus campanhenses.
Várias músicas abrilhantaram o evento. Um pai, uma mãe, irmãos, amigos, orgulhosos da Bia, deixaram algumas lágrimas de emoção correrem pelo rosto. Com certeza, os conterrâneos presentes se deixaram contagiar. Pura emoção, alegria e encantamento tomaram nossos corações, inebriaram nossas almas numa data tão importante, Natal, onde lembramo-nos do nascimento de Jesus, nosso Salvador.
Que beleza e que bálsamo para os ouvidos as canções que se desfilaram noite adentro pela nossa praça principal. No teclado, Fernando Zuben complementava o show com grande participação, mais a supervisão atenta de Mariana.
Inenarrável. Por mais palavras que procuro, o mais próximo que consigo chegar é dizer que estávamos diante de um lindo e doce coro de louvor, quando os anjos cantam para o Criador.
Napoleão

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O QUE É O NATAL?

Outro dia, sonhei que estava sozinho sentado numa calçada, meditando sobre o verdadeiro sentido do Natal. O que é o Natal? Eu via as pessoas, mas elas não me viam. Entravam nas lojas, passavam depressa nas ruas, seus olhares mostravam ansiedade na busca por presentes para o dia festivo. Era dia, mas várias casas à noitinha acendiam as lâmpadas pisca-pisca, enfeitando a cidade. A praça ostentava um cenário imbatível de beleza com as luzes reluzindo pelas noites que antecediam a grande data.
Eu, sentado na calçada olhava, pensava: por que tudo isso? Quantos só pensam na comilança, presentes, bebidas e por aí afora.
Eu, quando menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças. Mas onde estão os presentes de tantas crianças pobres esparramadas pelo mundo?
Talvez Natal fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras. Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão. Mas então por que tantos não recebem sequer um sorriso? Perguntava-me, com tristeza. E por que a polícia trabalha no Natal? Não devia ser assim... Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus. Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram? Assim, ia refletindo em meu devaneio. Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente. As casas iluminadas deixavam ecoar risos e gargalhadas, no entanto, os noticiários divulgavam tristezas, ódio, violência.
Neste instante, vi aproximar-se um homem... Era um belo homem... Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho. Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me: Olá, cara!
Oi!... respondi, meio tímido. E, com grande admiração, vi-o acomodar-se a meu lado, na calçada. Aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia: Que é o Natal?
Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno: Meu aniversário.
Como assim? Perguntei, percebendo que ele estava sozinho. Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares? E ele me disse: Esta é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas. E eu não compreendi. Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça. Não conheço você! eu disse. Ele riu. Mas eu o conheço. E o amo... Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade humana. Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...
Neste momento, estou com você! Respondeu-me, com um sorriso.
E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.
A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu. E conversamos... Eu e ele. E ele me falava e eu o entendia. E eu o sentia. E eu o amava... Eu era as cordas e ele o violão e entre nós se fez a melodia ... Sorri. A noite já havia caído. Já era quase madrugada, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.
Abracei-o pela cintura e lhe disse: Feliz aniversário! Ele abraçou-me, com seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me: Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade. E tenha um feliz Natal! E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-o, levando-o para sempre no mais íntimo do coração...
E saí em busca de braços que aceitassem os meus... Ele desapareceu. Mas fiquei com a certeza de que ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal... Sorri novamente... pois agora eu sei quem Ele é. É Jesus... E é por causa Dele que existe o Natal, uma data de renovar esperanças, sonhos e fé. Um dia de emoção, união, confraternização, perdão, harmonia. O natal foi o nascimento de um homem simples, porém dono do poder, criador do universo, capaz de fazer milagres, transformar vidas, conhecer cada coração e nos amar como ninguém... Um homem que é real, verdadeiro, Ele é o próprio Natal, é a luz que ilumina o mundo, a estrela que brilha na nossa escuridão.
Ele é repleto de amor, e está pronto a nos dar paz, alegria esperança, amor, perdão e cura. Ele não é apenas um dia, Ele é todos os dias. Ele é único, digno de honra, glória e dono de todo o poder, capaz de realizar sonhos, fazer milagres e nos dar forças para vencer a cada dia do ano.


Feliz Natal a todos vocês que prestigiam o blog.
Napoleão

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

MAGNÉSIO, FONTE DA JUVENTUDE, DA SAÚDE

Mudando nosso assunto, achei relevante falar desse mineral que tem importância imensa para uma vida saudável.
O Magnésio é um mineral da maior importância para o funcionamento adequado do organismo. É um dos minerais mais abundantes no corpo humano (em média 25g), localizado cerca de 70% no tecido ósseo e o restante nos tecidos moles (músculos, tecido nervoso, vísceras), no fluído extracelular e secreções digestivas. É vital para o metabolismo do Cálcio, da vitamina C, Fósforo, Sódio e do Potássio. Atua para a formação de mais de 300 diferentes enzimas em nosso organismo e tem papel fundamental na produção, armazenamento e liberação de energia da célula. Nenhuma proteína é formada em nosso corpo, a partir dos aminoácidos, sem a presença adequada de Magnésio. É necessário para os principais processos biológicos, inclusive o metabolismo da glicose e a sínteses de ácidos nucléicos. O magnésio tem um papel importante na contração muscular, sendo considerado também um mineral anti-stress, antiinflamatório, anti-trombótico e protetor cardiovascular.
O Magnésio Aminoácido Quelato representa um avanço extraordinário na fisiologia nutricional para otimizar a absorção do mineral Magnésio pelas células. Também atua, mas com perda, os sais de Magnésio na forma de cloretos, sulfatos, etc., os quais são desmembrados no estômago pela ação do ácido clorídrico e enzimas, liberando o mineral Magnésio, o qual ionizado, reage com substâncias existentes no trato digestivo, formando compostos que não são absorvidos pelas células, sendo assim perdas consideráveis do Magnésio ingerido da ordem de mais de 75%.

O magnésio é recomendando para jovens e idosos de ambos os sexos, para as pessoas que praticam exercícios físicos. Um nível baixo de magnésio no organismo resulta em queda no rendimento físico devido à diminuição da produção dessa energia. Mesmo as pessoas que não praticam ginástica ou atividade física regular, mas sejam propensas à falta de disposição ou cansaço freqüentes, podem estar com alguma carência de Magnésio, principalmente no caso dos idosos.
Atua no sistema cardiovascular. A ação do magnésio sobre a energia do coração é tão importante que ele tem sido prescrito como preventivo ideal dos ataques cardíacos e ainda regulariza a pressão arterial.
Melhora o transito intestinal, com ação benéfica sobre o fígado e a vesícula e todo o complexo gastrointestinal, evita lesões gástricas, intestinais e hepáticas. Regulariza o funcionamento das glândulas endócrinas. Por sua vez, o Magnésio, o manganês, o Zinco e as Vitaminas B3 e B6 atuam para equilibrar o sistema nervoso, contrariando o “stress” e ajudando assim a regularização dos hormônios.
Contribui para o funcionamento adequado da próstata, glândula formada em grande parte por fibras musculares que necessita de magnésio para suas contrações normais, ao passo que o zinco favorece o funcionamento das glândulas sexuais. Portanto, a ação conjunta de ambos ajuda para a atividade adequada da próstata, contrariando a disfunção que ocasiona a sua hipertrofia.
Melhora o sono, dando uma sensação geral de bem estar. Combate a tensão nervosa, o “stress” e depressão. Atua para boa elasticidade das fibras musculares, evitando cãibras e dores musculares. Fundamental na formação do colágeno para manter a pele saudável.
O magnésio é um dos principais fatores de ativação de receptores de insulina, o hormônio que converte açúcar em energia e o coloca dentro da célula. Sem ele, o carboidrato sobra no sangue e não é aproveitado direito. Ou seja, esse nutriente é essencial para afastar o diabete e a própria síndrome metabólica. Para reforçar a lista de benefícios, um novo estudo comprova que o déficit desse nutriente acelera o envelhecimento.

O magnésio e o manganês são fundamentais para a formação do Colágeno em nosso organismo. O Colágeno é de suma importância para a constituição da cartilagem dos discos vertebrais da coluna. Também para a formação das membranas que recobre os ossos nas articulações. Com isto são evitados problemas de artrose na coluna (bicos de papagaio, dores) e outros nas articulações como bursite, esporão do calcâneo, entre outras. Atua ainda no aparelho urinário, Diminuindo ou fazendo desaparecer as micções noturnas freqüentes devidas a perturbações urinarias da bexiga e de origem prostática.

Ufa!Esse mineral é realmente essencial! Mas para tê-lo com tranqüilidade, é preciso suplementos no nosso dia a dia, pois o solo de hoje é pobre de magnésio, os alimentos, por conseguinte, não nos proporciona a devida quantidade. Portanto, suplementá-lo é necessário para uma vida bem mais saudável.
Se houver excesso, prejudica o organismo, mas sua carência causa fadiga, irritabilidade, alterações neuromusculares, fraqueza, câimbra, arritmia cardíaca, prejudica a absorção do cálcio, entre tantas outras coisas e doenças. VEJAM:
QUANTIDADE DE MAGNÉSIO

Aveia ..............119 mg Arroz integral ......59 mg Queijo tofu ....... 38 mg Milho ..................33 mg em 100 gramas
RECOMENDAÇÃO DIÁRIA

homem ............. 420 mg
mulher ..de 300 a 320 mg
criança (varia de acordo com a idade).. de 80 a 130 mg

Napoleão

terça-feira, 29 de novembro de 2011

VIGIAI! NÃO SABEMOS O DIA E A HORA!

Como vimos domingo na missa, o ano litúrgico da Igreja se antecipa ao ano civil. Com o Advento, começa o ciclo litúrgico que durante as cinqüenta e duas semanas do ano refaz a trajetória da vida de Jesus e das comunidades que formam a Igreja. Com a expectativa do nascimento de Jesus, inicia-se o ano litúrgico.
Refletindo o evangelho de Marcos 13, 33-37, a mensagem é clara e penetrante, “Cuidado! Ficai atentos, pois não sabeis quando chegará o momento. O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Mc 13, 33 e 37). Já se vive os últimos tempos. É o tempo do amor e da paz, é o momento do encontro com Jesus.
A tônica do Advento é a vigilância para o reconhecimento de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, entre nós. Os evangelhos deixam transparecer que os próprios discípulos que conviveram com Jesus, marcados pela cultura e religião da época, foram lentos em compreendê-lo. Os que permanecem dormindo não reconhecem o tempo de Jesus que vem ao seu encontro.

O mundo em que vivemos é envolvido por uma onda ideológica e eletromagnética que, como uma rede, mantém retidos a muitos em suas malhas. Onda de falsos valores em torno do "ficar rico", individualizando as pessoas e desprezando os pobres e pequeninos. Esses falsos valores são amplamente divulgados pelas das TVs que atravessam todas as paredes, como pela mídia em geral.

O desrespeito à dignidade humana gera a onda crescente de violência. Estar vigilantes é escapar das malhas dos poderosos deste mundo e reconhecer e aderir à mensagem libertadora e vivificante de Jesus que vem ao nosso encontro. É comprometer-se, alegres, com a prática da justiça, conforme os caminhos de Deus. O ano que desponta é o tempo da construção do mundo novo possível, pois é fiel o Deus que nos chama para realizar tal sonho.


Napoleão

domingo, 27 de novembro de 2011

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Napoleão

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Hoje me deu vontade de falar sobre a parábola do semeador. Ela nos traz um ensinamento profundo, importante para tornarmos nosso coração um terreno fértil e fecundo.
Provavelmente, num dia ensolarado, de céu azul e claro, saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.
Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.
Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.
Respondeu Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não.
Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem.
Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam.
Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis,
porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s).
Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!
Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram.
Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador: Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.
Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.
Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam.
A que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem.
A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança.
Enfim, a mensagem dessa parábola comprova o mais admirável dos ensinamentos religiosos: fé e confiança no futuro. Jesus falou sobre fatos, realidade e semear, no sentido de espalhar “a palavra”. A idéia fundamental da parábola parte do princípio de que quem ouve a palavra de Jesus e a entende frutifica e produz. E em todos os corações foram lançadas a mesma semente: a do Evangelho e, da mesma forma, que as sementes caem em terrenos inférteis, quando a palavra divina se apresenta diante de um coração sem fé não frutifica. O evangelista preparou a cena para a parábola do semeador com o objetivo de alertar seus ouvintes para a inesperada colheita arrecadada no reino de Deus.
Napoleão

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Neste domingo, ouvimos a proclamação da Parábola dos Talentos no Evangelho (Mt 25, 14-30). Ela encerra uma mensagem muito importante para todos, principalmente nós cristãos.
Na verdade, quando Jesus se referiu aos talentos, Ele falou da unidade monetária grega usada na época. Muitos entendem que Ele estaria se referindo às habilidades de cada pessoa. Mas não foi, os servos da parábola foram agraciados com uma quantia em peso de ouro ou prata equivalente a 6.000 dracmas. Portanto, a parábola não se refere automaticamente aos nossos dotes, talentos naturais. Refere-se ao patrimônio do patrão confiado aos servos.
Na parábola de São Mateus, os talentos são o patrimônio do Evangelho, a riqueza que o Senhor deixou para seus discípulos, levando em conta que há pessoas que tem mais capacidades e outras menos, mas todas têm: “deu a cada qual de acordo com a sua capacidade”. Assim, significava na parábola as responsabilidades e os deveres para com esse patrimônio que nos são confiados e em torno dos quais gira a nossa vida. Por exemplo, quais as responsabilidades de um pai de família, uma mãe de família, um padre, um agente de pastoral, um missionário, um governante, um médico. Há responsabilidades grandes e pequenas. Deus nos confia vários talentos, ele nos entrega a vida não como um peso nem como um castigo, mas como um dom, uma graça, uma bênção e uma grande oportunidade para nós e para os outros.
A atenção cai sobre o modo como este patrimônio é utilizado. Estes talentos que Deus nos dá significam a nossa responsabilidade como cristãos. Sermos testemunhas do Evangelho, vivermos esse Evangelho com garra dentro da realidade da nossa vida diária. Entretanto, muitas pessoas hoje convivem com o problema de uma sociedade que exige tanto que elas se sentem inúteis, inadequadas e incapacitadas. Deus nos conhece profundamente e não nos dá tarefas que não possamos realizá-las. Por isso, devemos ter uma estima sadia de nós mesmos antes de tudo porque existimos e somos fruto de um amor que quer que olhemos a vida como o nosso maior empreendimento.
Deste modo, vemos que o Evangelho deste domingo é muito claro: Jesus quer chamar a nossa atenção para o terceiro servo. Mas vamos falar também um pouco dos dois primeiros. No geral, a parábola nos mostra que somos dependentes de Deus e que somos obrigados a prestar-lhe contas; tudo o que temos é um bem que nos foi confiado, que não podemos usá-lo do jeito que bem entendermos, mas que devemos empregá-lo da maneira como Deus quer que o usemos. Através do comportamento e do destino dos dois servos bons e fiéis que empregaram, investiram, duplicaram, Jesus nos faz ver como devemos lidar com a nossa situação atual.
Entretanto, através do comportamento e do destino do servo mau que enterrou o talento conservado, mas não o fez crescer, podemos dizer que já é algo não ter perdido, mas não lhe serviu para nada. Jesus nos esclarece como uma pessoa com estas características vai acabar. Isso deve nos convencer a se afastar de um comportamento semelhante.
Também é importante ver como o texto diz: “depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar as contas com os empregados”. Aqui trata-se claramente da demora da parusia, da vinda do Senhor, onde o prêmio será entrar na alegria do Senhor. Se tivermos a atitude do servo mau, é como se disséssemos a Deus: Senhor, me deste o Evangelho, a fé, a Igreja, os sacramentos, tantos dons, graças. Eu te restituo, não me serviram para nada. Vivi como se não os tivesse. Isto é literalmente encontrar-se na escuridão, nas trevas do mundo, onde se chora e se range os dentes de remorso por não ter aproveitado o presente que Deus nos deu. É a falta de fecundidade evangélica.
A este servo mau se opõe também claramente a sabedoria do livro dos Provérbios (I leitura), mostrando a figura admirável da mulher forte. Uma mãe de família é habilidosa e generosa. Trabalha e se empenha em tudo o que faz sem se deixar levar pela beleza externa (passageira). À luz do Evangelho podemos dizer que a ela Deus confiou o talento da vida familiar. Um talento que tantos consideram pequeno, dona do lar, mas que na verdade todos sabem que é um talento enorme.
No Sl 127, encontramos a beleza de uma família. Feliz é o homem que teme o Senhor, o servo fiel frutifica o patrimônio de graça, a esposa é uma videira bem fecunda e os filhos são rebentos de oliveira. Na II leitura, coloca-se novamente o problema escatológico. Não devemos especular sobre o tempo e o momento, ele virá de surpresa, o que importa é que estejamos prontos. Não somos filhos das trevas, estamos acordados e sóbrios, prontos para acolher o Senhor quando vier.
Tudo o que Deus nos confia nesta vida não pode ser enterrado nem desperdiçado. Os nossos “talentos” devem ser investidos em favor de todos, não só de nós mesmos. E temos que enfrentar os riscos, pois seja lá o que fizermos, sempre haverá seus riscos e provações. Mas se não nos arriscarmos, não avançaremos nem cresceremos nunca na vida, ficaríamos como o terceiro servo.
O coração da parábola e a chave que poderia desbloquear a situação do terceiro empregado é justamente a relação entre ele e o patrão, entre cada um de nós e Deus. Enquanto os dois primeiros servos se sentiram estimulados para agir e não tiveram medo do patrão porque o conheciam e confiavam nele, o terceiro permaneceu condicionado somente pelo medo e ficou paralisado. Ele tem uma relação falsa com o seu patrão, uma imagem errada de um Deus como um juiz duro e implacável. Teve medo de perder o talento, de ser julgado e condenado por isso. E assim não quis sujar suas mãos, teve medo de errar, de se arriscar, ficou preguiçoso, acomodado, fechou-se.
Mas o amor tem a capacidade de mover a vida, e o amor de Deus pode nos levantar para assumirmos a responsabilidade de uma vida sem fugas e sem temores, com coragem, paixão e iniciativa. A consciência de que Deus no final nos pedirá contas dos frutos da nossa vida não deve nos encher de medo, mas pode ser uma justa provocação para não nos acomodarmos e podermos participar da Sua alegria.
Mas uma névoa povoa a mente, por mais que a fé nos preencha o coração. Então, gostaria que me respondessem uma reflexão: Como entender a frase: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”? Utilizem meu e-mail:
napfigueiredo@yahoo.com.br Em especial, seria ótimo uma opinião do nosso diretor espiritual do ECC, Padre Bruno, e nosso pároco, Padre Marquinho.
Napoleão

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

VINDA DO REINO DE DEUS

No evangelho de hoje, Jesus afirma que o Reino de Deus está no meio de nós, falando aos fariseus (Lc 17, 20-25). Na verdade, o reinado de Deus foi inaugurado com Jesus. Temos, portanto, que nos empenhar em experimentar e ajudar os outros a experimentarem a ação do reino que já está atuando, tal como o faz o fermento na massa.
Há algo mais irrisório do que um cristão que não se preocupa com os outros? Não tomemos como pretexto a pobreza, a viúva que pôs duas pequenas moedas na arca do tesouro (Mc 12,42) levantar-se-ia contra nós; Pedro também, ele que dizia ao coxo: “Não tenho ouro nem prata” (Ac 3,6), e Paulo, tão pobre que tinha muitas vezes fome. Não usemos a nossa condição social, pois os apóstolos também eram humildes e de baixa condição. Não invoquemos a nossa ignorância, porque eles eram homens iletrados. Temos saúde frágil? Timóteo também o era. Sim, seja o que for que sejamos, não importa quem pode ser útil ao seu próximo, se ele quer verdadeiramente fazer o que ele pode. Isto é ser fermento na massa. É estar atuando no reinado de Deus.
Quantas árvores da floresta são vigorosas, belas, esbeltas? E contudo, nos jardins, preferimos árvores de fruto. Belas árvores estéreis…, assim são os homens que apenas consideram o seu próprio interesse…
Se o fermento não levedasse a massa, não seria um verdadeiro fermento. Se um perfume não perfumasse os que estão perto, poderíamos chamá-lo de perfume? Não vamos dizer, pois, que é impossível termos uma boa influência sobre os outros, porque se somos verdadeiramente cristãos, é impossível que não se passe nada; isso faz parte da essência própria do cristão… Será tão contraditório dizer que um cristão não pode ser útil ao seu próximo como negar ao sol a possibilidade de iluminar e aquecer a terra.
Concretamente, podemos dizer, baseados em teólogos cristãos, que o Reino de Deus se sintetiza em dois pontos:
- um governo real e universal de Deus estabelecido no Céu e também na Terra completamente renovada no fim dos tempos, no dia do Juízo final e com existência eterna;
- uma condição interior de dimensão pessoal, de caráter espiritual, moral, mental e psíquico, existente em todos aqueles que estão na graça de Deus e que seguem verdadeiramente a vontade de Deus e os ensinamentos e exemplo de Jesus Cristo; aqueles que são fermento na massa, que lutam pelos valores principais do Reino que são a verdade, a justiça, a paz, a fraternidade, o perdão, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana.
Napoleão

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A DÍVIDA DO AMOR

Ainda falando de amor, um trecho muito bonito e com uma mensagem salvadora de São Paulo na carta aos romanos merece destaque. Numa das leituras na missa de domingo, pudemos ouvir sua proclamação com grande alegria:
“Irmãos; Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás” e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.”
Neste trecho, Romanos 13, 8-10, São Paulo enfatiza a importância do amor antes de nos dar exemplos de como devemos nos portar. Na verdade, nosso grande Mestre Jesus sempre mostrou que o caminho que nos leva ao Seu Reino é o caminho do amor, quando o citou nos dois grandes mandamentos, resumo de todos os demais. São Paulo o vê como a qualidade fundamental em todo o nosso serviço a Deus. Em Coríntios 13, 7, ele ainda nos diz “o amor tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta ...”
Napoleão

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Hoje é dia do nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Em homenagem, publico este pequeno poema que canta o amor, mola mestra que impulsiona a vida e que o Grande Mestre, Jesus, nos colocou como o maior e único mandamento para conseguirmos conquistar o Seu Reino:
“Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR”.
Digo ainda, o amor é a melhor coisa da vida porque nos leva a Deus, que é o próprio amor. Amando, veremos no irmão a imagem e semelhança do Criador; amando, faremos da vida uma constante sinfonia e do viver uma doce alegria.
Napoleão

sábado, 22 de outubro de 2011

SER CRISTÃO ...

Dom Aloísio Roque Oppermann, scj , Arcebispo de Uberaba, MG, em um artigo intitulado “Pode um cristão ser empresário?”, entre outras coisas, chamou minha atenção para sua seguinte afirmação: “Vamos tirar da cabeça a idéia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres” (Lc 12,33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se, sem preocupações de dinheiro, como Ele próprio fez. Mas Jesus não se refere a maioria da humanidade que tem família para sustentar, precisa de casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito é quase um imperativo. Querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão. Vai contra a mentalidade de Jesus enriquecer com dolo, enganar o semelhante ou não querer trabalhar e exigir tudo dos outros. "Saibam que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor" (1Cor 15,58). Respeitada a justiça e o direito, devemos trabalhar com afinco.”
No entanto, tenho visto afirmações contrárias a esta idéia moderna, coerente, importante e, porque não cristã, do arcebispo. São fundamentalistas que pregam uma religião que dói no coração, que parece querer levar os fiéis a uma vida de tristeza, agonia, sofrimento. Jesus nunca quis isto para nós. Deus quando nos criou a sua imagem e semelhança nos deu o controle do mundo para termos uma vida condigna, feliz, justa, dentro do ideal cristão que prega o amor a Ele em primeiro lugar e depois o amor a nós mesmos e ao próximo.
Portanto, a parábola que diz que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus, não tem a intenção de condenar os ricos, mas sim aquele que faz do dinheiro o seu deus, com “d” bem minúsculo, e que serve tanto para ricos como para pobres.
Deus não é contra a riqueza, contra o dinheiro, mas sim ao apego a eles. Dessa forma, meus caros, não se pode servir a Deus e às riquezas, mas feliz é aquele que serve a Deus com suas riquezas.
Napoleão

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O MASCULINO E O FEMININO NA PESSOA HUMANA

Em Coríntios, 15, São Paulo nos dá uma visão preciosa de como será nosso corpo ressuscitado. Podem verificar o texto bíblico, especificamente a partir do versículo 42. Entretanto, muitas perguntas não podem ser respondidas agora sobre nosso corpo ressurreto. É necessário buscarmos na fé a escatologia da pessoa humana. Nosso destino vida, morte e ressurreição nos dá pela fé um sentido para o que fazemos neste mundo. A Escritura nos dá informação suficiente que nos permite crer na ressurreição do corpo, dum corpo transformado, mas que há algo para se esperar e pelo que orar. Por este motivo, um artigo da revista Brasil Cristão, do padre Evaristo Debiasi chamou-me a atenção e me motivou a publicá-lo no meu blog:

"Mulher e Homem: imagens de Deus". Essa é a vocação dada por Deus Criador para toda a humanidade como forma de ser e existir do homem e da mulher, juntos e separadamente. Vocação que vai além da perpetuação da espécie humana, rica nas diferenças entre o relacionamento com a criação.
Somente na eternidade compreenderemos o sentido maior do masculino e do feminino na manifestação de Deus que, ao criar todos os seres vivos, os fez numa natureza masculina e feminina. Neste sentido, o masculino e o feminino nada mais são do que a expressão encarnada do intimo de Deus. Os místicos dizem que Deus é, ao mesmo tempo, Pai e Mãe. Ele é a origem primeira e a razão última da criação e das criaturas.
Homem e mulher são chamados a serem imagens de Deus, isto é, comunhão de relações e de existências humanas. Somente no céu chegaremos à maturidade completa do viver e do existir como homens e mulheres transfigurados em Cristo tendo na ressurreição de Cristo e na assunção de Maria os modelos de nosso futuro.
Os Evangelhos e a Igreja ensinam que Cristo ressuscitou e ascendeu ao eterno, para a casa do Pai, com sua individualidade completa: corpo-espírito, humanidade e divindade. Por sua vez Maria, como Mãe de Jesus, em virtude da redenção de seu Filho Jesus e por obra do Espírito Santo, foi assunta ao céu em sua individualidade completa: corpo-alma, alma-corpo. Esses são dogmas da Igreja católica.
O dogma da ressurreição é a essência e a grande novidade do cristianismo. Portanto, não é somente com nossa alma ou espírito que iremos para o céu, mas com nossa individualidade completa de homens e de mulheres, com nosso corpo-alma, alma-corpo transfigurados em Cristo que haveremos de ressuscitar e de existir por toda a eternidade junto do Pai, de Maria e de todos os santos e santas de Deus. Esta é nossa fé e nossa esperança cristã. “Se Cristo não ressuscitou é vã nossa fé. Mas Ele ressuscitou e com Ele todos os que Nele vivemos e Nele esperamos, com Ele viveremos para sempre na casa do Pai” (1Cor 15,14s).
A expressão evangélica de que após a morte "seremos semelhantes aos anjos" (Mc 12,25; Mt 22,30; Lc 20,36) em absoluto nega a identidade da existência do feminino e do masculino na eternidade.
O que precisamos é nos precaver contra o dualismo, alma separada do corpo, ou pior, de um modo de pensar maniqueísta que distorceu em muito a compreensão da grandeza do ser humano em sua dignidade como realidade existencial corpórea, psíquica, afetiva, sexual e espiritual inseparável, que tanto Cristo dignificou e santificou com sua encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição.
No sentido antropológico cristão, sexo não é algo que temos, mas que somos no todo de nosso ser. Somos homens e mulheres na essência de nossas vidas, na unidade corpo-espirito, desde as células, órgãos, neurônios, etc. Somos seres espirituais encarnados. Na eternidade terminará o existir na genitalidade como agora, mas jamais terminarão o sexo e a sexualidade que definem o “eu interior e pessoal” do homem e da mulher. É próprio de Deus não destruir a essência de suas criaturas, mas de elevá-las à sua imagem perfeita pela encarnação, vida e ressurreição de Cristo.
Os Evangelhos, como a doutrina da Igreja católica, nos ensinam que em nosso futuro, a eternidade com Deus, não é só para nossa alma, mas para nossa realidade humano-divina completa, de homens e mulheres transfigurados em virtude dos méritos da redenção de Cristo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O evangelho de hoje, 03/10/2011, nos narra a parábola do Bom Samaritano (Lc, 10, 25-37). Ela mexe conosco e o site Mensagem Cristã muito bem comentou sobre ela.

A parábola mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, ao seguimento puro e simples da lei, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia, do verdadeiro amor ao próximo. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
Ela nos apresenta alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém espoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar.
As parábolas de Jesus são poemas que encantam e ensinam. Lidas com emoção podem arrebatar almas dos escombros da solidão e da dor; no entanto, quando lidas com consciência, se tornam um instrumento poderoso de transformação, porque determinam com exatidão que caminho o ser humano deve seguir para conquistar a paz interior e o Reino de Deus.
Espírito Santo de Deus, que a indigência e o sofrimento de meus semelhantes levem-me a manifestar-lhes meu amor, com gestos concretos de misericórdia. Assim seja. Amém.
Napoleão

sábado, 24 de setembro de 2011

CATARATAS DO IGUAÇU

Eu vi as Cataratas do Iguaçu. Suas quedas d’água tombavam na imensidão, inundando o ambiente. Impetuosas, iam de encontro ao chão e os respingos molhavam-me o rosto. Cheguei mais perto. O barulho ensurdecedor das águas abundantes chocando-se nas rochas pareciam zumbir nos ouvidos. Os respingos se tornaram muito fortes e começaram a encharcar as roupas. O verde das plantas ao redor, sempre viçosas, contrastavam com a cor das águas que caíam sem medo. Caminhei displicente, mas sem perder de vista o espetáculo grandioso. O som do Iguaçu inundava o meu ser. Pude perceber uma certa harmonia tensa e grave. Não captei a melodia que soava por lá. Talvez seja como falar em línguas em que apenas os anjos entendem. A canção que meus ouvidos captaram falavam ao coração. Diante da beleza da paisagem tudo se calava e se curvava sob a maravilha de suas águas.

As cataratas são realmente uma expressão máxima de fonte de vida. Cada salto d’água é um reflexo fiel de que sempre é possível uma vida nova. É o milagre da natureza em movimento, majestosa, formidável. Nas Cataratas do Iguaçu, o mundo dá saltos de alegria, mostra um espetáculo inarrável, refletindo a grandeza e o poder de Deus.

Foi uma viagem inesquecível. Eu, Cleusa, minha esposa, minha filha Tatiana, minha netinha Rafaela, meu genro Ramon, todos, maravilhados, vimos o rio Iguaçu chorar e deixar jorrar suas lágrimas poderosas na imensidão dos vales. Um real espetáculo entre o Brasil e a Argentina. Uma prova incontestável da existência do nosso Criador.
Napoleão

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MAIS UMA REFLEXÃO: EU VIM PARA QUE TENHAM VIDA

Faço minhas as palavras da reflexão que o padre Tomaz Hughes, residente em Curitiba, PR, fez a respeito do Evangelho do São João, quando o evangelista nos diz que Jesus veio para todos tenham vida plena. Na segunda parte do evangelho de São João, 10, 7-10, “Jesus disse então: “Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”, o texto usa as metáforas da porta e do bom pastor. Jesus é a porta do aprisco, e também o bom pastor. João quer insistir que Jesus é a única fonte de salvação. Os que vieram antes dele, provavelmente uma referência aos mestres judaicos e às suas tradições, são rejeitados. É Jesus que veio para que todos tivessem a vida plena.
Aqui é necessário insistir que a missão de Jesus era trazer a vida para todos – não para alguns – e a vida plena, não uma suposta “vida espiritual”. Vida plena, em abundância, exige tanto os bens materiais necessários para uma vida digna, como os bens espirituais. Assim, o seguimento do Bom Pastor, nos coloca em choque com a sociedade vigente que restringe a vida plena a alguns privilegiados, enquanto exclui a maioria da humanidade. O texto impede que nós nos refugiemos numa interpretação espiritualista, oferecendo uma vida plena após a morte, pois o Reino de Deus que Jesus anuncia já está no meio de nós (cf Mc 1, 14-15), mesmo que a sua realização plena só acontece no além. O v. 11 nos manifesta o preço a ser pago por ser bom pastor! Jesus afirma que "o bom pastor se despoja da própria vida por suas ovelhas” (v.11). Enquanto o mercenário sacrifica as suas ovelhas ao seu interesse, o bom pastor entrega a sua vida até a morte para que os outros vivam.
As imagens do texto são por demais conhecidas. Todos conhecemos cartazes mostrando Jesus como o Bom Pastor. Cumpre assumir a continuidade da sua missão, entregando a nossa vida na luta diária para a criação de uma sociedade mais justa e humana – portanto divina – pois só assim seremos fiéis a aquele que veio “para que todos tenham a vida e a tenham em abundância”.



Napoleão

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VOCÊ ACREDITA EM DEUS?

VOCÊ ACREDITA EM DEUS? Com esta pergunta a jornalista encerrava uma longa entrevista com um esportista nacional famoso, cujo nome não vem ao caso. E a revista Brasil Cristão de setembro trouxe um artigo de Dom Murilo S. R. Krieger, scj, arcebispo de Salvador, a respeito do assunto. A resposta dada pelo esportista chamou-lhe a atenção e suscitou o texto que a revista publicou e que achei oportuno publicar em meu blog. Principalmente para uns amigos meus que se dizem ateus, mas não me fizeram perder a esperança de trazê-los à razão. Afinal, a gente sempre quer o melhor para todos que queremos bem, que amamos.
A resposta do esportista expressa o que muitos pensam a respeito do problema do mal e a existência de Deus. Na verdade, o drama e a angústia do entrevistado refletem o drama e a angústia de muitas pessoas nas diversas situações da vida. Nós mesmos nos indagamos, enchemo-nos de dúvidas diante de catástrofes e acontecimentos ruins que assolam o mundo e que têm ocorrido em diferentes épocas da história. O esportista disse: “É difícil dizer que acredito em Deus. Quanto mais desgraças vejo na vida, menos acredito em Deus. É uma confusão na minha cabeça; não encontro explicação para o que acontece. Por que é que meu filho nasce em berço de ouro, enquanto outro, infeliz, nasce para sofrer, morrer de doença, e há tudo isso de triste que a gente vê na vida? É uma coisa que não entendo e, como não tenho explicação, é difícil de acreditar em um Ser Superior.”
Em seu artigo, Dom Murilo procura explicar tais acontecimentos que nos apavoram e nos enchem de dúvidas se não nos prepararmos devidamente e deixarmos a fagulha divina de que somos feitos aflorar em nosso íntimo e se tornar luz de fato.
Ele enfatiza que o sofrimento e a doença fazem parte do nosso dia-a-dia. As injustiças, a fome e a dor são freqüentes no mundo, que até parecem normais e obrigatórias. Mas para um cristão, mais do que um culpado, o mal tem uma causa: a liberdade que nos foi dada pelo Criador quando nos fez. Fomos criados livres, com a possibilidade de escolher nossos caminhos. Podemos, pois, fazer tanto o bem quanto o mal. Se não tivéssemos inteligência e vontade, não existiria o mal no mundo. Se fôssemos meros robôs, também não, diz o arcebispo. É preciso ainda se conscientizar que se não tivéssemos liberdade não haveria o bem e nem saberíamos o que é um gesto de amor, o que é gratidão, amizade, solidariedade, lealdade.
Não fomos criados para sermos como autômatos, com destino já traçado, sem escolha. Neste caso, o que adiantaria sermos como a Madre Teresa de Calcutá ou um bandido da pior espécie? A vida seria inútil, sem sentido.
O mal nasce do abuso da liberdade ou da falta de amor. Como diz o arcebispo, ele às vezes é feito inconscientemente, involuntariamente, por imprudência, como quando um motorista abusa da velocidade ou embriagado causa um acidente fatal, matando pessoas inocentes. Não é da vontade de Deus que isto aconteça, diz Dom Murilo, mas Ele não vai corrigir ou impedir cada erro ou descuido humano. Ele não vai impedir que o gás esquecido ligado possa asfixiar um idoso que ali dorme. Ele não tolhe a nossa liberdade. Nós criamos nossos caminhos, nossas desgraças, nossas alegrias, nossa felicidade. Deus não intervém a todo momento, para modificar as leis da natureza ou para corrigir erros humanos. Ele não vai corrigir as tragédias causadas por tsunamis ou outro fenômeno que o egoísmo do homem construiu no planeta, aos destruir florestas, devastar áreas ambientais. Culpa de Deus?
A violência causada pelo ódio, pelo egoísmo, os assassinatos, roubos, os seqüestros, acidentes, guerras e outras maldades são como pegadas da passagem do homem pelo mundo. O mal acontece porque usamos de forma errada nossa liberdade ou não aceitamos o plano de Deus, expresso nos mandamentos, enfatiza o arcebispo. Quando enveredamos pelos caminhos indevidos, construímos o nosso mundo, não o mundo desejado por Deus para nós. Ainda mais, quantos se aproveitam do poder para se enriquecer às custas dos pobres, da miséria dos fracos e de seu sofrimento, fechando-se em seu próprio mundo para assistir a desgraça dos outros.
Ainda nos aconselha Dom Murilo, diante do mal, não podemos ter uma atitude de mera resignação. Cristo nos ensinou a lutar, combatendo o mal em suas causas. O bom uso da liberdade e a prática do bem nos ajudarão a construir o mundo que o Pai sonhou para nós. Descobriremos, então, que somos muito mais responsáveis por nossos atos do que imaginamos. Fugir dessa responsabilidade, procurando fora de nós a culpa de nossos erros, é uma atitude cômoda, mas ineficiente e incoerente. Assumirmos a própria história, colocando nossa capacidade, usando nossos dons, a serviço dos outros, é uma tarefa exigente, sim, mas que nos dignifica e nos realiza como seres humanos e filhos de Deus.
Deus existe sim, de outra forma a vida não teria o menor sentido. Basta um pouco de sensibilidade e o veremos. Negar a existência do Ser Supremo parece-me estar cego para as coisas que nos rodeiam. É olhar sem ver, tatear sem sentir, engolir sem degustar.
Vejo Deus em cada amanhecer ao despertar quando abro os olhos e sinto o bater do meu coração. Vejo-O na luz que nos ilumina; no sol que nos aquece; nas chuvas que molham a terra, tornando-a fértil; nas matas que renovam o ar que respiramos; na beleza das paisagens espalhadas pelo universo. Vejo Sua ternura no perfume das flores e Sua justiça nos espinhos que a protegem. Vejo Sua bondade no brilho das manhãs que conduz a vida e seu alerta nas trevas das noites de tempestade, nas ondas bravias de um mar revolto. Vejo Sua misericórdia na alegria das pessoas que superam uma enfermidade, Sua simplicidade no cantar de um pássaro, no vôo rasante de um beija-flor. Vejo Sua magnitude nas quedas d’água das cachoeiras imensas, na grandeza dos oceanos que se entremeiam pela terra. Vejo Sua beleza em cada nascer e pôr do sol, em cada gesto de uma criança inocente, em cada estrela que povoa o firmamento, em cada flor que desabrocha nos jardins, no vento que sopra e não vemos. Vejo Sua imagem na inteligência de cada ser humano, nas grandes descobertas, na complexidade de cada ser vivo. Vejo Sua eternidade no infinito que não alcançamos, no mistério que envolve as galáxias. Vejo Seu amor em cada coração que pulsa, em cada gesto de carinho.
Parece-me tão óbvio: tudo revela e manifesta Sua existência. Tudo que vive e respira, tudo que canta e celebra a beleza, o amor, a perfeição é Deus que Se nos mostra. Ele está em cada um de nós, habita nosso templo vivo, lugar sagrado, o santuário onde achamos a centelha divina. Entretanto, Ele não está na maldade que o ser humano cultiva e propaga com sua liberdade mal usada, mas que podemos combater com o bom combate, como nos diz a bíblia em 2 Timóteo 4, 7.
Napoleão

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA

No Brasil, o mês de setembro é o “mês da Bíblia”. É muito bom lembrar quanto é importante a Sagrada Escritura em nossas vidas, pois é a Palavra viva de Deus, que contêm muitas lições importantes para nossa vida diária. Vamos então neste mês, destacar alguns textos bíblicos de grande valia para nós.
Comecemos pelos textos deste domingo, 4 de setembro. Lemos na carta de São Paulo aos Romanos que “O amor é o cumprimento perfeito da Lei.” Isso ecoa as palavras do Senhor que disse que toda a lei e os profetas podem-se resumir nos mandamentos de amar Deus e nossos irmãos.
Embora possa parecer fácil, não é. Quando uma pessoa faz algo danoso a ela ou a outras pessoas, ou é ofensiva a Deus, o amor autêntico deve fazer que procuremos ajudar aquela pessoa a reformar sua conduta por seu próprio bem e pelo bem da comunidade. A caridade e a justiça exigem que procuremos minimizar o dano físico e espiritual que pode resultar do seu comportamento. Este dever tradicionalmente se chama “correção fraterna”, e é descrito tanto na primeira leitura como no Evangelho. Na primeira leitura, Deus dá esta tarefa explicitamente ao profeta Ezequiel. Ele foi enviado por Deus a proclamar a verdade e a guiar o povo de Israel, assim que se ele não fizera o esforço de protegê-los instruindo-os a evitar o pecado. Deus iria pedir-lhe contas das pessoas que se desviaram. No Evangelho de Mateus, Jesus está falando particularmente a seus discípulos mais íntimos, os que são seus primeiros apóstolos e missionários.
Cada um de nós é pecador, e todos precisamos de ajuda às vezes para ficar no caminho justo. É nosso dever praticar a correção fraterna, com humildade, porque, de outra forma, Deus nos pedirá conta por nossa omissão. Somos chamados a ser como os salva-vidas na praia da vida, procurando avisar as pessoas para não topar com pedras escondidas na água e para desviarem das regiões perigosas onde as correntes podem prender as pessoas e afogá-las. Quando for necessário, mergulhamos na água com a fé e os sacramentos como instrumentos de resgate, e procuramos trazer as pessoas de novo para as águas mais seguras.
Se sentimos que é nosso dever corrigir alguma pessoa, devemos fazê-lo com caridade e respeito. Sempre devemos ser motivados pelo amor, procurando a salvação de todos, e agradecendo se alguém nos ajuda a descobrir os nossos próprios pecados, pois eles nos terão ajudado a chegar ao céu. E especialmente durante este mês, mas também durante todo o ano, façamos um esforço particular para ler e estudar a Bíblia, que nos ensina como Deus nos ama e como nós devemos amar Deus e nossos irmãos. “O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei” (Rm, 13, 10).


Napoleão

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ISTO É VIVER UMA VIDA ABUNDANTE VERDADEIRA PARTE III

PARTE III

Bênçãos materiais, também
E, a propósito, se a nossa maneira de viver agradar a Deus, o que serve para o nosso bem, e se buscarmos primeiramente o reino de Deus, que é o objetivo da vida – e deve ser – e Sua justiça, que é o caminho justo de vida, Ele diz que todas estas coisas materiais serão acrescentadas.
Talvez Deus não permita estas coisas do jeito que esperamos. Isto pode levar algum tempo, mas teremos as coisas materiais de que realmente necessitamos, até mesmo aquelas mais luxuosas, desde que nossa vida nos seja agradável. E as possuiremos quando aprendermos a usá-las.
Que é uma vida abundante? Que é abundância? Aqui está uma definição: “Fartura sem limite”. É o mesmo que grande quantidade – grande abundância de vida, e vida verdadeira. Quer dizer também exuberância. Este foi o tipo de vida que Jesus teve, e que nós também podemos ter. Essa é a vida que teremos no reino de Deus. É a vida pela qual devemos nos esforçar e, com a ajuda de Deus, desenvolver gradativamente. Esta é a vida que nos desafia, e que devemos cultivar, a vida suscitada dentro de nós pelo Espírito de Deus – a vida FELIZ, de GOZO e ABUNDÂNCIA.
DEUS é a fonte
Poderemos alcançar recursos abundantes, se soubermos onde obtê-los. Mas a riqueza material não os oferece a ninguém. Ela apenas poderá ser uma conseqüência deles.
Eles não procedem do seu interior, nem você poderá obtê-los “por aí”. Porém você poderá recebê-los de cima, do alto, somente do Deus Todo-Poderoso. O Deus Todo-Poderoso é o grande Dador, não somente de vida, mas da vida mais abundante. Deus é a fonte de grandes recursos. Ele é o Deus Onipotente.
O Deus Onipotente dispõe de um incomensurável poder para nos oferecer, o qual Ele nos dará gratuitamente. Pois dEle receberemos a FÉ abundante, por meio da qual alcançamos esse poder; a fé representa o instrumento que inviabiliza a falta de coragem diante dos obstáculos, fazendo-nos conhecer cada problema pendente de solução; a fraqueza será substituída por esse poder, que suscitará o amor, apagando as amarguras e o ressentimento quando outras pessoas nos fazem mal.
O AMOR de Deus realmente cobrirá tudo aquilo e vai expulsar toda a dúvida, amargura e fraqueza. Pois Deus nos oferece os recursos da SABEDORIA que não possuímos por nós mesmos. Ele é o Senhor de toda a sabedoria e conhecimento. Ele mesmo diz que se alguém tem falta de sabedoria, peça-Lhe que Ele a dá liberalmente. E se acreditamos nisso, de verdade, ela nos será dada, inclusive o entendimento! Partindo daí, virão o zelo e a energia – a energia dinâmica verdadeira e viva – necessária para que realizemos a obra que precisamos cumprir.
Precisamos ser humildes, assim teremos A FÉ e o PODER DE DEUS. Esse poder não tem limite. E mediante essa fé que vem de Deus seremos fortes. Não haverá fraqueza, mas uma grande força. Teremos sabedoria e coragem. Teremos tudo, cada recurso que necessitarmos.
E como cristãos, desejaremos que outros também vivam uma vida abundante, até que alcancem o seu potencial pleno, ao cúmulo de suas capacidades. Estaremos interessados no bem-estar deles. Assim fazendo, em lugar da autoconfiança no mau sentido, teremos a fé em Deus.

Napoleão (adaptado de Herbert W. Armstrong)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ISTO É VIVER UMA VIDA ABUNDANTE VERDADEIRA PARTE II

PARTE II

Cristo trouxe vida abundante
Ordenemos esta matéria. O fundador da religião cristã, Jesus Cristo, disse que veio à terra com um propósito. Eis o que Ele disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10). Jesus veio para nos trazer “VIDA ABUNDANTE”. Será que sabemos o que é isso? O desejo do Deus Todo-Poderoso é que o verdadeiro cristão tenha uma vida de GOZO.
Será que sabemos que se tivermos uma vida cristã verdadeira e o Espírito de Deus dentro de nós, isto acontecerá? Como dissemos, isto nos fará “produzir frutos”. Então, que tipo de frutos produzirá uma vida cristã verdadeira? É claro que não falamos de uma vida infeliz e mórbida. Aqui está o fruto. Eis aqui o que emanará de uma vida cristã verdadeira. Está em Gálatas 5, começando com o versículo 22: “O fruto do Espírito” – isto é, o fruto do Espírito de Deus. É o Espírito Santo que Deus concede somente àqueles que são verdadeiramente convertidos. O fruto do Espírito é, primeiro de tudo, o AMOR – e em segundo lugar, é “GOZO”. Gozo é felicidade, e felicidade plena até transbordar. Você não acha que é uma vida diferente daquela que é vazia, mórbida e infeliz? É uma vida de amor que transborda espontaneamente de nosso interior.
A vida pode ser radiante
O primeiro “fruto do Espírito de Deus” é o AMOR. O amor que faz o rosto resplandecer. Ele mostra o que você realmente emite e que você está radiante e feliz. O amor se transforma em GOZO, o segundo produto do Espírito de Deus. O terceiro fruto é a “PAZ”. Em lugar de contenda, ressentimento, amargura, infelicidade e controvérsia – que não estimula a paz, mas a guerra – você terá paz pessoal, com o seu próximo e com Deus. O fruto seguinte e a “longanimidade”, sinônimo de “paciência”. A impaciência, mais do que outra coisa qualquer, faz com que as pessoas sejam infelizes! Se realmente você vier a ter paciência, você terá um dos atributos que o fará feliz e tornará a sua vida mais digna. Logo em seguida, vem a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão e a temperança, contra as quais “não há lei”. São também frutos do Espírito, que espontaneamente saem de dentro de você. São refletidos por você mesmo, que o irradia a todo o tempo, se você for um verdadeiro cristão.
É claro que todos enfrentaremos problemas e preocupações. Isto é bom para nós, pois tem um propósito em nossa vida – a de nos ajudar a desenvolver o nosso caráter. E um cristão verdadeiro entende isso muito bem. Isto não o fará infeliz. Todos nós passamos por provações. Todos teremos preocupações, problemas e provações exatamente como os demais. Eles servirão para nos testar, fortalecer e construir o nosso caráter. E esse é o verdadeiro propósito de nossa existência – nos tornar semelhantes a Deus. Como Jesus Cristo, nós podemos nascer no reino de Deus. Certas pessoas, quando algumas dessas provações e problemas aparecem, pensam que ninguém mais passou pelas mesmas experiências. Acham que é alguma coisa estranha que lhes é incomum. Não é verdade! Qualquer outra pessoa vive os mesmos problemas e preocupações e tem problemas a enfrentar e superar, e luta pelas soluções da mesma maneira que elas.
Cristo sofreu, e disse aos Seus apóstolos: “Deixo-vos o meu gozo”. Disse mais: “Eu vim para que tenhais vida, e a tenhais em abundância“. Ele veio para nos dar a VIDA ABUNDANTE. Pois Ele mesmo teve este tipo de vida. Ele era feliz, e cheio de gozo, ainda que fosse, ao mesmo tempo, um homem de dores – e por quê? Porque ELE AMOU a todos os seres humanos e viu o caminho que seguiam. Viu como se destruíam a si próprios, trazendo sobre si mesmos a infelicidade e o vazio, o medo e a preocupação, a pobreza, a doença e, enfim, os sofrimentos. Ele participou dos seus sofrimentos. Ele foi um homem de dores, mas ficou pesaroso por eles. Mas Jesus era um homem que possuía felicidade interior, dando um exemplo de vida para todos nós. E veremos na parte III, bens materiais também estão inclusos.

Napoleão (adaptado de Herbert W. Armstrong)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ISTO É VIVER UMA VIDA ABUNDANTE VERDADEIRA

PARTE I
“O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João. 10, 10).

Encontrei na Internet um texto de Herbert W. Armstrong (1892-1986), publicitário, educador, apresentador, filantropo, “embaixador não oficial para a paz mundial”, conhecido e amigo de líderes ao redor do mundo, um dos mais proeminentes líderes religiosos do século 20, que retrata de forma convincente e esclarece o texto bíblico de João, 10, 10. Formatei-o e o adaptei para resumi-lo. Mesmo assim, teremos três partes, facilitando a leitura.
Por que as pessoas religiosas freqüentemente acham que a vida religiosa consiste em abandonar todos os divertimentos e as alegrias da vida – e a fim de agradar a Deus, acham que devem suportar uma vida de mórbida tristeza?
Para muitas pessoas o pecado consiste em coisas desejáveis. Para elas, o pecado vai de encontro a uma lista de várias coisas a que se deve dizer “não”. Como “Não dance”, “Não jogue cartas”, “Não vá ao teatro”, “Não tome bebida alcoólica”. “Não faça isso” e “Não faça aquilo”!
O que está errado com a religião?
Certa vez, diz o autor, uma senhora, esposa de um eminente advogado lhe disse: “Eu jamais poderia ser uma cristã. Ora, se eu tivesse de abandonar a dança, o jogo de cartas, o teatro e todos os prazeres da vida, finalmente, o que me restaria para viver?” Certo filósofo, editor e conferencista mundialmente famoso, que o autor conheceu – o qual também não tinha tendência religiosa – disse-lhe que não desejava ter uma vida reprimida, ou sob dolorosa penitência. Continuou ele: “Eu desejo ter uma vida radiante, alegre e bem relacionada, e com um sorriso, encontrar-me com as pessoas”. Aparentemente, ele admitiu que uma vida feliz não consistia numa vida religiosa. Contudo, o que é estranho, é que nenhuma dessas pessoas sabia como viver. Muito poucas pessoas têm encontrado, ou experimentado, a verdadeira vida abundante.
Fomos destinados a sermos felizes!
Entretanto, o Criador, que nos deu o ar que respiramos, não deseja que vivamos uma vida vazia, deprimida ou infeliz. Nunca agradaremos ao Eterno Deus, abandonando a felicidade, ou qualquer coisa que nos seja útil.
O Deus Todo-Poderoso jamais nos respondeu com um simples “não”, a não ser aquelas coisas que poderão nos prejudicar, prostrar-nos, ou nos levar mais tarde à infelicidade. Naturalmente, algumas delas poderão nos entusiasmar, ou nos dar, temporariamente, um pouco de prazer ou emoção, mas se tornam sempre em um bumerangue. Elas têm como conseqüência uma alta pena, cujo preço é muito alto. Não é um bom negócio.
Deus proíbe aquelas coisas que nos são danosas, que nos causam a infelicidade e, conseqüentemente, resultam em uma vida de tédio e melancolia. Nunca o Deus Todo-Poderoso nos restringe alguma coisa que contribua para a nossa felicidade, bem-estar e prosperidade.
Lembrei-me de um ancião que pertencia a uma dessas religiões em que se pratica muito a “gritaria”. Uma vez, na reunião de uma igreja, ele se levantou e, aos gritos, fez uma pergunta à congregação. Perguntou ele: “Irmãos, vós estais gostando disso, ou simplesmente agüentando-o?”
Algumas pessoas simplesmente toleram os serviços religiosos que são solenes e formais. E outras, emotivas, comparecem a um tipo de reunião, onde há gritarias e reações emocionais, meramente para desfrutarem de uns bons momentos. Nos outros dias da semana, a religião parece não ter nada a ver com suas vidas.
Outros acham que se tornando, como eles mesmos dizem, “salvos”, viverão para sempre, depois de uma vida triste pelo abandono de tudo que eles antes desfrutaram, e que suas vidas sombrias e infelizes, de algum modo, agradarão a Deus, o seu Criador. É claro que este tipo de religião é mais ou menos uma superstição! Na parte II, veremos que Jesus nos trouxe uma vida abundante.

domingo, 21 de agosto de 2011

LEVA-ME A CONVIVER COM AQUELES QUE NÃO PENSAM COMO EU PENSO, SENHOR!

Falando agora de outro assunto, recebi o texto abaixo do Pe. Zezinho. É uma aplicação direta do evangelho de sexta-feira última, 19 de agosto, quando um fariseu perguntou a Jesus qual era o maior mandamento da Lei. E Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua mente: este é o maior e o primeiro dos mandamentos. E o segundo é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.
Faço minhas as palavras do Pe. Zezinho. Quantos de nós, católicos e não católicos, mas que nos dizemos cristãos, precisamos pensar assim e pedir a Deus a humildade necessária para fazer esta constatação e praticar de fato o amor ao próximo. Afinal, só Deus é dono da verdade. Quando somamos, o amor engrandece; quando dividimos, o inimigo agradece.

Napoleão

LEVA-ME A CONVIVER
(Pe. Zezinho)
Ainda não aprendi a conviver com irmãos e irmãs que não pensam como eu penso, não pregam como eu prego e não oram como eu oro. Ainda não sou suficientemente cristão, por isso mesmo, suficientemente ecumênico. Cristãos de verdade são fraternos e ecumênicos e, embora discordem do modo de crer e afirmar a fé, percebem Tua luz nas outras igrejas. Não se acham os únicos eleitos. Ainda sofro da tentação de achar que sou mais cristão do que eles; que eles precisam mudar e eu não! Preciso aprender urgentemente a praticar este exercício de humildade.
Há santos fora da minha casa, santos em outros grupos da minha igreja, santos em outras religiões, santos que tu fizeste porque são Teus santos e não nossos. Não fomos nós que os fizemos santos, nem nosso maravilhoso movimento ou nossa querida comunidade. Foste Tu, Senhor, com a anuência e a concordância deles.

Concede-me, pois, a graça de tentar, nos anos de vida que me restam, ser um santo a Teu modo; não ao meu; um santo que não entra em competição. Direi sempre o que penso, mas quero dizê-lo sem perder o respeito pelos irmãos de quem eventualmente eu discordo. Que meus irmãos sejam santos e consagrados do jeito deles. Eu tentarei ser santo do Teu e do meu jeito. Se discordar deles, quero discordar com amor e sinceridade, de tal maneira que eles percebam que eu os amo.
Para que serve um santo, se ele não se pauta pela verdade? Para que um santo se não admira o que é bom da parte dos outros? Para que um santo que não discorda com sinceridade? Ajuda-me a não brigar pelo Teu colo e a não achar que estou mais nele do que os outros. Que eu me contente com o pedacinho que tenho, que já é grande e que basta para as minhas pretensões de, um dia, encontrar-te e viver ao Teu lado por toda a eternidade. Merecer, eu não mereço, mas espero estar em Ti para sempre, porque sei da Tua misericórdia.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A PRÁTICA DA CURA III

Numa linguagem nos moldes científicos, podemos dizer que o ser humano é corpo-mente-coração-espírito. O corpo é nossa base material, nosso espaço físico. Uma realidade óbvia para todos nós. Mas esta base é limitada. Para termos uma dimensão total é preciso termos uma evolução que chegue ao espírito. O corpo é limitado, finito, planetário. O espírito é a divindade, o infinito, a fagulha divina. Nele se situa a Sabedoria, o Poder, o Amor, a Felicidade, a Vida, a Abundância, a Beleza, entre outros. O espírito é a imanência divina, por isso todos somos iguais. O que nos diferencia um do outro é a mente. O espírito é a Vida de todos, a mente é cada um e seu viver; o espírito é universal, a mente é individual. O espírito é a divindade no ser humano, a mente é o ser humano na divindade. Então, o corpo localiza a criatura humana, a mente a individualiza, o espírito a realiza e plenifica. Somos confirmadamente da estirpe divina. “Também a minha palavra e a minha pregação não se apoiavam na persuasão da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito”. (1 Cor 2, 4).
Na verdade, o Poder Infinito que existe em nós não se explica, se usa. O espírito é a vida da mente, a mente faz o indivíduo e o Poder é acionado através da mente. A estrutura humana é expressão da mente. Como a mente é controlável, a saúde e a doença podem ser controláveis. A mente detém o Poder e a Sabedoria. Ela é uma só, mas tem duas funções ou características: mente consciente e mente subconsciente. A primeira é a mente racional, analítica, objetiva, criativa, seletiva, que pensa, raciocina, imagina, e tudo mais que fazemos e percebemos. O princípio básico criador está aqui. A mente subconsciente é subjetiva, impessoal, não seletiva, não analítica, cujo papel é cumprir o que a mente consciente determina. Tudo o que a mente consciente aceita como verdade, a mente subconsciente executa. Sua função é executar, realizar, materializar, concretizar.
Nosso subconsciente está sempre voltado ao natural, para a vida. Controla todas as ações, situações e funções. Se machucamos, por exemplo, ele desencadeia a ação curadora e faz a cicatrização, estanca o sangue. Ele cuida da nossa vida. Está alerta vinte e quatro horas a cada dia. Nele está o poder curador natural. Sua ação é determinada pelo pensamento sob qualquer forma: palavra, pedido, oração, mentalização, imagem, desejo. É por aí que a ação divina age em nós. Mas, enfatizando, é preciso acreditar, usar a palavra unívoca, o pensamento acreditado, como Jesus nos ensinou.
Há apenas um caminho na vida. O resto será descaminho, a antivida e leva à enfermidade e á morte prematura. Quando fazemos nossa parte, Deus faz a dEle. O caminho é feito de luz, de amor, de felicidade, de saúde, de paz, de bondade, de fraternidade, de criatividade, de positivismo, de aplicação das Leis Universais, de harmonia e do reconhecimento de que somos um ser muito importante criados à imagem e semelhança do Pai e habitantes desse lindo universo de Deus.
Concluindo, já conhecemos o segredo e temos a senha para adentrá-lo, temos a chave para abri-lo. Confiemos e conseguiremos tudo. “Quando me invocardes, ireis em frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei”. (Jeremias 29, 12). Busquemos a maior força curadora do mundo, o amor. Pratiquemos a quadrilogia da vida: amar a Deus, nosso Pai Celeste, amar a si mesmo, ao próximo e ao universo. Assim, as portas se abrirão e teremos sempre o sorriso meigo de Jesus.
Napoleão

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A PRÁTICA DA CURA II

Nascemos para sermos felizes e para vivermos no Reino dos Céus. A bíblia nos diz: “Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós” (Lucas 17, 20-21). O curioso é que em nós está o Céu e o Inferno. Nós o fazemos. O que é o Reino dos Céus? É o estado de felicidade perene. É neste estado que sabemos, como Jesus nos revelou, que existe um lugar secreto em nós onde habita o Pai. Ensina-nos em seu livro padre Lauro Trevisan, trata-se de um espaço indivisível, inefável, onde a divindade se funde na humanidade, o céu habita a terra, o paraíso mental e espiritual se estabelece no território humano, o Deus no filho de Deus. Este reduto é o Reino dos Céus. Portanto, felicidade não é atitude, nem acontecimento, nem sorte, nem riqueza material: é a substância humano-divina do prazer existencial.
Não há doença que resista esta luz curadora desse nosso Reino dos Céus. Mas como entrar nele? Primeiro, é preciso acreditar nele. Segundo, usando a senha, a chave, a palavra unívoca, dizendo, “abra-te, reino dos céus”. Mas dizer com a fé de um Moisés ao bater com a vara na rocha até brotar água. Difícil de acreditar? Verdade! Por isto, Jesus disse que para entrar no Reino dos Céus é preciso ser como as crianças: simples, crédulo, direito, positivo, sem questionamentos. Todo pensamento acreditado tem o poder de acontecer, de se realizar. Não é difícil ter fé, apesar de assim se pensar. Fé é estado mental de coerência entre a palavra e o significado da mesma. Quando acreditamos que aquilo que estamos dizendo em oração e em nosso pedido é verdadeiro, isto é, que pelo fato de pensar ou dizer, tem que acontecer, temos fé. Simples assim, basta termos a fé simples de uma criança. Basta aceitar como verdadeiro e infalível o princípio que Jesus disse de que pelo fato de pedir, já está alcançado. A fé é a ponte que liga o pedido ao recebimento, é a fusão mental entre a palavra e o conteúdo. Afastemos os pensamentos de medo, de descrença, de dúvida. Eles são devastadores e impedem que alcancemos o que pedimos.
Na verdade, como já foi dito, há um grande poder curador dentro de nós. Usando uma linguagem religiosa, isto nos dá mais força e fé, em nosso íntimo habita Deus, o Deus imanente, veja 1 João 4, 12-13, “Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito”. Ele é o Pai, como ensinou Jesus. Ele é o Poder, a Sabedoria, a Fonte de tudo. Basta pedir e será atendido sempre. Como diz o ditado, o médico trata a ferida, mas quem cura é Deus. Mas Ele só age em nós por meio de nós. O grande santo Agostinho de Hipona afirmou: “Deus, que te criou sem precisar de ti, necessita de ti para te salvar”. Ou seja, salvar é curar, libertar a pessoa do mal. Ele não nos tira a liberdade, por isto, precisamos querer para que Ele aja. Precisamos pedir, para receber. O pedido acreditado. Usando a palavra que contém a substância divina da cura. A nós cabe pedir, a Deus pertence o dar. Com o pedido verdadeiro, não há falha, porque Deus nunca falha. Esta atitude, tanto serve para nós mesmos como para um pedido de cura dos outros.
Pesquisas científicas atestam que a mente está em todas as células do corpo. O que pensamos, falamos ou fazemos repercute positiva ou negativamente em todas as partes do corpo. Por pensamento, devemos entender aqui palavras, idéias, emoções, sentimentos, hábitos, crenças, sugestões, atitudes, estilos de vida. Somos, já foi dito, o que pensamos, Se pensamos coisas positivas, somos saudáveis; se pensamos coisas negativas, doentes. Se a doença vem até nós é por nossa culpa. Lembremos, “mens sana in corpore sano”, mente sã, corpo são. Mas mente doente, corpo doente. O que quer para você?

Napoleão

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A PRÁTICA DA CURA I

Estou falando mais em cura porque acho que a saúde é o maior bem que temos neste mundo. Mas o poder funciona para tudo: riqueza, sucesso, entre tantas coisas.
Nesta vida terrena o que existe é a causalidade, não a casualidade. As coisas acontecem pela Lei da Causa e Efeito. O efeito resulta da causa. Se pensamos melancolia, teremos melancolia; se pensamos alegria, teremos alegria. Colhemos o que plantamos. Pensamento e palavra são sinônimos. Por isto, se derramamos a tinta escura da tristeza em nossa mente, nossa máquina mental produzirá um produto escuro, a tristeza, até a depressão. Então, derramemos uma tinta cheia de luz, brilhante, na nossa mente para termos um produto iluminado, que é a alegria. O efeito é o produto da causa.
O avião, a televisão, o carro, algum aparelho moderno de tecnologia, tudo que existe tem sua origem na mente de alguém. Pensar é poder. Somos o que pensamos, o que falamos, o que acreditamos, o que rezamos, o que abençoamos, o que amaldiçoamos.
Como isto acontece? Como nosso pensamento se realiza? Podemos criar um pensamento ou recebê-lo. Nossa mente pode agir tanto de dentro para fora, como de fora para dentro. Quando a palavra vem de fora, podemos aceitá-la ou não. Podemos deixá-la entrar ou não. Se a aceitarmos, ela é captada pelo nosso subconsciente, que a metaboliza, a energiza e a realiza. Dessa forma, se alguém nos fizer um elogio e aceitamos isto como verdade, o subconsciente realiza isto na nossa vida. Por isto, é importante que vivamos e convivamos com pessoas que nos ofereçam mensagens, idéias e pensamentos positivos e benéficos.
Além disso, convivemos com uma imensa quantidade de mensagens, notícias que nos chegam pela televisão, jornais, revistas, entre outros meios. Este material todo invade nossa mente e, se tiver acolhida, causam-nos o bem ou o mal. Podemos aceitar ou não. O que for bom, vamos acatar; o que for ruim, vamos rejeitar. O que nos causa emoções e sentimentos negativos deixemos entrar por um ouvido e sair pelo outro. Devemos assimilar apenas o que nos faz bem. Somos donos de nós mesmos. Temos este direito, ou melhor, temos esta obrigação. Na verdade, é até necessidade de agirmos assim, pois colhemos o que semeamos.
Não podemos ser como aqueles que, sem personalidade, sem ânimo, aceitam tudo que lhes mandam ou dizem. Quem é assim trate de mudar. Crie pensamentos positivos. Não deixe o que não presta tomar conta de si. Reaja. Vire o jogo. Deus quer que assumamos o controle do nosso barco e nos deu condições para isto. Ele nos deu sabedoria, poder, liberdade e felicidade. Não desperdicemos essas quatro bases existenciais. Deus é imanente em nós. Sejamos fortes, inteligentes, custe o que custar.
Acreditemos no poder de nossa palavra, de nosso pensamento. Nossa palavra é poder, é a senha, a chave do segredo. O caminho é criar pensamentos positivos, falar o que faz bem. Vamos falar alegria, amor, felicidade, prosperidade, paz, bom humor, alto-astral. Saibamos encontrar a palavra positiva mesmo para uma situação desagradável. Exercitemos a compaixão, a misericórdia, o perdão. É a cura pela palavra.
Agindo assim, teremos uma nova vida, com saúde, a doença irá embora. Qual é a realidade de um filho de Deus? É viver em estado de paz, de amor, de alegria, de bem-estar, de felicidade, de abundância, de fraternidade, de otimismo, de poder interior, de harmonia, de sabedoria, porque em Deus só existe o Bem. Façamos, pois, da vida uma festa e seremos, por certo, felizes e saudáveis.

Napoleão

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O PODER EM NÓS NA PRÁTICA: A CURA PELA ORAÇÃO

Achei bom que víssemos alguma coisa prática sobre o uso do poder que habita em nós. O primeiro que me chama a atenção é a cura pela oração. A oração é a nossa palavra afetuosa, sincera, amorosa, agradecida, dirigida a Deus. É nossa súplica, pedido, apelo ao Pai. É ainda nossa palavra carinhosa ao pé do coração de nosso Criador, contato íntimo com Ele. E por aí vai. Não devemos orar, simplesmente por orar, Deus não tem tempo para palavras vãs. É preciso que a prece nasça em nosso coração e exprima nossos sentimentos e desejos e signifique um contato sincero, amoroso e íntimo com o Pai do Céu.
Se estivermos doentes, façamos a oração da cura, peçamos a cura, visualizemos a cura. Acreditemos que o Pai está diante de nós, ouvindo-nos e nos atenderá. “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa” (Mateus, 6, 6). É preciso que repitamos nossa oração no dia a dia. Não é para tentar convencer a Deus do que pedimos, mas para convencermos a nós mesmos do que estamos pedindo, dizendo. Para aumentarmos nossa fé no que estamos pedindo. A oração repetitiva é como o mantra dos orientais: abre a via da interiorização. Repetir é uma maneira de nos convencer a aceitar a oração como verdade e fazer a cura acontecer. Não estamos falando de ladainhas e orações decoradas que acabam nos distraindo. É algo que falamos e sentimos como verdade, com fé. Em São Tiago, 5, afirma-se: “E a oração da fé curará o enfermo”. Podemos repetir nossa oração, sabendo que é para sedimentar nossa fé na realização da palavra e não para forçar a Deus.
Quantas vezes desistimos de orar, porque achamos que nossa oração cai no vazio, nada acontece. Como fazer uma oração de resultado? Como alcançar o objetivo? Vejamos os passos para se ter certeza absoluta de que nossa oração será aceita e atendida.
O primeiro passo é entrar em contato com Deus. É preciso acolhermos no nosso íntimo o que queremos dizer a Deus. Apresentemo-nos do jeito que somos e estabeleçamos um diálogo com Ele. Como ninguém viu Deus, vamos imaginá-lo à nossa maneira. Cada um escolhe como quer vê-lo, no altar, no aconchego de seu coração, no trono do Altíssimo. É evidente que ao rezarmos diante de uma imagem, não estamos falando para aquela imagem, para aquele papel ou gesso, mas para a pessoa divina por ela representada. Pelo visível transportamo-nos para o invisível. Ao olharmos uma fotografia, por exemplo, é claro que estamos vendo a pessoa e não o papel. O uso da imaginação é caminho espiritual legítimo, até porque toda palavra se manifesta em nossa mente por imagem. Vamos pensar morango, por exemplo, e em nossa mente surge a imagem de um morango. Palavra é imagem.
O segundo passo é estabelecer um diálogo com Deus. Vamos conversar com Ele. Estamos diante de um Pai amoroso. Somos obra de Seu amor. Então, iniciemos a conversa de forma carinhosa, afetuosa, utilizando nossas próprias palavras. Embora Ele saiba tudo, falemos do nosso problema e peçamos Sua ajuda para uma boa saúde, com a certeza de que seremos atendidos. É preciso haver fusão entre a palavra e o seu conteúdo. Por isto é melhor que usemos nossas próprias palavras. Assim não distrairemos, porque a oração sai do fundo do coração. A distração ocorre quando lemos uma oração ou repetimos orações comuns. Mas é preciso pedir, mesmo que Deus já saiba o que queremos. Jesus disse “pedi e recebereis”. Sem pedir, não há o que receber. Primeiro a palavra, depois a realidade. Jesus curou tantos porque pediram. Se desejamos a cura, devemos pedir a cura. Peçamos com fé. Usemos a senha para o poder que tudo alcança.
O terceiro passo é ter fé. Crer firmemente é a chave do segredo. Se pedirmos a cura, mas achamos que não há como reverter aquela situação porque os médicos disseram, ou seja qual for o motivo, o que vai vigorar é a crença na incredulidade. E aí não recebemos o que pedimos. Repitamos sempre: a fé remove montanhas, cura enfermidades, faz milagres, torna possível o impossível. E ajamos mentalmente como pessoas curadas. Comecemos a reagir como pessoas curadas, pois esta atitude é um comando para que nossa mente acredite que assim é e assim será. Se não há fé, usamos a senha errada e por isto nada acontece.
Não desistir é o quarto passo. Há pessoas que pedem e depois voltam a repisar a situação negativa. Nunca alcançarão a cura, pois voltam atrás. Se pedimos e depois retrocedemos, o Poder não se manifesta.
O quinto passo é agradecer. Este é o último passo: sabemos o que queremos, desejamos realmente o que pedimos, acreditamos que vai acontecer, criamos em nossa mente a imagem, não voltamos atrás, acontece. O pedido é atendido. Portanto, o agradecimento já é a certeza de que vamos conseguir. Reforça a fé. A mente já aceita que tudo acontecerá de acordo. É como nos diz Jesus em São Mateus, 21, 22, “Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós o recebereis”.
Napoleão